Coleção Mossorense. Volume CCXLV, 1982. 78
L LEAL Ramos, José. (* 16.07.1891, São João do Cariri (Alagoa Nova) – + 1976, João Pessoa-PB). Era filho do casal Antônio Claudino Leal e Inácia Ramos Leal; em 1920 casou-se com Ester Romero Leal, nascendo desse casamento os filhos: Homero, Péricles, Maria <strong>da</strong>s Dores, Maria <strong>da</strong> Penha, Achiles e Milcíades. Jornalista e historiador. Presidente <strong>da</strong> Associação Paraibana de Imprensa por vários anos e o construtor do seu edifício sede. Autodi<strong>da</strong>ta, José Leal era considerado o decano <strong>da</strong> imprensa paraibana por sua atuação frente aos órgãos de comunicação mais representativos do Estado. Dedicou to<strong>da</strong> a sua vi<strong>da</strong> à imprensa; entregava-se à leitura, procurando manter-se sempre atualizado e bem informado sobre a situação do Estado e do País. Desde cedo, ain<strong>da</strong> adolescente, já editava jornais manuscritos, na sua ci<strong>da</strong>de natal. Publicou o primeiro trabalho na imprensa <strong>da</strong> Capital em 1915, uma crítica ao prefeito de Alagoa Grande, obtendo boa recepção entre os prefeitos <strong>da</strong> região e, a partir <strong>da</strong>í, não lhe faltou mais convites para escrever em jornais. Em 1927, já era correspondente, 79 em Alagoa Nova, dos jornais A União, de João Pessoa, e A Noite, do Rio de Janeiro; em 1930, atuou nos jornais O Liberal e o Jornal do Norte, sob a direção de Café Filho; ain<strong>da</strong> em Alagoa Nova, fundou o semanário O Momento. Veio para a capital do Estado para integrar a equipe de A União como re<strong>da</strong>tor, e logo ascendeu ao posto de Secretário, substituindo, mais tarde, Samuel Duarte na direção do órgão, em 1932. Em 1934, passou a dirigir O Norte, jornal que não resistiu à chega<strong>da</strong> do Estado Novo. Em João Pessoa, além de escrever nos jornais A União e O Norte, ain<strong>da</strong> fundou o quinzenário Ilustração e Gazeta do Povo, este em parceria com o escritor Ascendino Leite, e a Revista Gong, todos com duração efêmera; colaborava em todos os jornais do Estado, ora como re<strong>da</strong>tor, articulista ou editorialista. Escreveu no Correio <strong>da</strong> Manhã, A Imprensa e Tribuna do Povo. Recebeu os títulos honoríficos de Ci<strong>da</strong>dão Benemérito de João Pessoa, concedido pela Câmara Municipal de João Pessoa, e de Ci<strong>da</strong>dão Benemérito <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, concedido pela Assembléia Legislativa. É autor <strong>da</strong> primeira história <strong>da</strong> imprensa paraibana, A imprensa na <strong>Paraíba</strong>, de 1941. A segun<strong>da</strong> edição <strong>da</strong> obra foi publica<strong>da</strong> em 1962. Como memorialista, publicou Reencontro <strong>da</strong> vila, 1961; Assim eram as coisas,
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Ingressou na política, elegendo-se