pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba
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adquiriram sete quadros de azulejos no<br />
momento em que visitaram a exposição,<br />
junto com o seu assistente militar o capitão<br />
Manuel Ramalho e outras autori<strong>da</strong>des <strong>da</strong><br />
época. O então prefeito <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de,<br />
Francisco Cícero adquiriu para a Galeria <strong>da</strong><br />
Prefeitura vários quadros “que futuramente<br />
serão encaminhados para a Galeria Turi-<br />
urbanística <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de” (A União, 13 de<br />
outubro de 1942).<br />
“Dos tempos dos azulejos e beirais à ci<strong>da</strong>de<br />
de hoje”, contava com 258 quadros, e já no<br />
terceiro dia de exposição haviam sido<br />
vendidos 66. No dia anterior à abertura<br />
oficial é promovido por Walfredo<br />
Rodriguez um coquetel com a finali<strong>da</strong>de de<br />
receber a Associação Paraibana de<br />
Imprensa. A maioria dos jornalistas <strong>da</strong><br />
época o considerava um fotógrafo<br />
competente, que “apanhou vários aspectos<br />
<strong>da</strong> Parahyba de outrora e os apresenta sob<br />
um seu processo de foto-verniz, juntamente<br />
com seu aspecto atual <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de”. Essa<br />
capaci<strong>da</strong>de fez com que os visitantes, (cerca<br />
de 400 pessoas por dia) tenham “uma visão<br />
retrospectiva <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, podendo facilmente<br />
julgar seu processo” de urbanização. (A<br />
União, 11 de outubro de 1942).<br />
Vale salientar que Walfredo era além de<br />
fotógrafo, um colecionador de jornais e<br />
revistas, portanto muitas dessas fotografias,<br />
principalmente as primeiras, de meados do<br />
128<br />
século XIX, quando o autor <strong>da</strong> referi<strong>da</strong><br />
exposição tinha poucos anos de i<strong>da</strong>de,<br />
fazem parte de seu acervo de colecionador,<br />
e não foram feitas pelo mesmo.<br />
Enfatizamos aqui a contribuição desta<br />
exposição para a produção <strong>da</strong> imprensa<br />
local, posto acreditarmos que muitas destas<br />
fotos expostas foram posteriormente<br />
utiliza<strong>da</strong>s nas matérias jornalísticas. É<br />
possível perceber no próprio jornal A<br />
União, já que Walfredo era fotógrafo do<br />
mesmo, ou <strong>da</strong> Revista Era Nova, quando até<br />
mesmo anterior a esta <strong>da</strong>ta, em 1923<br />
encontramos um foto <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de assina<strong>da</strong><br />
por ele.<br />
A partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1950, o autor passa a<br />
publicar algumas obras, a primeira delas, é<br />
História do Teatro <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>: só a sau<strong>da</strong>de<br />
perdura (1831-1908), lançado em 1960, que<br />
tem o objetivo principal de retratar os<br />
teatros na <strong>Paraíba</strong>, particularmente o Teatro<br />
Santa Roza. Isto devido ao fato, não só de<br />
Walfredo Rodriguez ser o diretor desta casa<br />
de espetáculos na referi<strong>da</strong> época, mas<br />
também, como já dissemos no início deste<br />
relato, ter sua vi<strong>da</strong> liga<strong>da</strong> ao mesmo desde<br />
criança, quando seu pai aí trabalhava. A<br />
segun<strong>da</strong> obra de grande destaque para a<br />
historiografia paraibana é o “Roteiro<br />
Sentimental de uma Ci<strong>da</strong>de”, publicado em<br />
1962, e reeditado 1994. Trata-se de uma rica<br />
descrição <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de João Pessoa, em que