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pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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tipografia imprimir o jornal paraibano<br />

Correio <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>, ofereceu ao tipógrafo a<br />

oportuni<strong>da</strong>de de saber que eram raros e de<br />

pouca quali<strong>da</strong>de os estabelecimentos<br />

tipográficos <strong>da</strong> província. Por isso, em 1834<br />

ele arremata a tipografia, que havia ido a<br />

leilão, e se estabelece na Rua Direita, casa n<br />

º 2.<br />

Também é conhecido o papel<br />

desempenhado por suas oficinas na<br />

divulgação e publicação <strong>da</strong>s leis e<br />

documentos oficiais, entre os quais se<br />

destacam os Relatórios de Presidentes de<br />

Província, impressos em suas máquinas de<br />

18 a 1866, quando a tipografia deixa de<br />

pertencer a seus herdeiros, após a sua<br />

morte. Entre os herdeiros, lideravam os<br />

trabalhos de administração e organização<br />

<strong>da</strong>s empresas, as suas filhas Elysa dos Anjos<br />

Rodrigues <strong>da</strong> Costa e Calecina Rodrigues <strong>da</strong><br />

Costa, a quem José Rodrigues havia<br />

ensinado e transmitido as artes <strong>da</strong><br />

tipografia. Aliás, foi sua filha Calecina quem<br />

enfrentou, junto aos jornalistas Arthur<br />

Aquiles e Eugenio Toscano de Brito a fúria<br />

do governo Álvaro Machado, quando este<br />

invadiu e mandou quebrar a tipografia do<br />

jornal O Paraibano, que lhe fazia oposição.<br />

Foi <strong>da</strong>s suas oficinas que veio a público a<br />

revista Alva. Jornal literário, a primeira revista<br />

literária paraibana. Pioneira, a Alva<br />

representou a terceira tentativa, depois de O<br />

53<br />

Tapuia e o Investigador, de se ter uma<br />

publicação periódica na província paraibana.<br />

No seu programa inicial fica visível o<br />

compromisso <strong>da</strong> revista com a promoção<br />

<strong>da</strong> leitura na <strong>Paraíba</strong>, principalmente,<br />

através <strong>da</strong> consciência demonstra<strong>da</strong> acerca<br />

do papel <strong>da</strong> imprensa para a ilustração e<br />

civilização dos seus leitores, nota<strong>da</strong>mente<br />

do jornalismo literário como se vê no texto<br />

abaixo citado:<br />

“oferecer em benefício <strong>da</strong> instrução e<br />

morali<strong>da</strong>de do povo, pois que é ele o mais<br />

fácil de por ao alcance de todos uma<br />

varie<strong>da</strong>de de conhecimentos que aliás a<br />

poucos chegaria – o jornalismo literário,<br />

representante do caráter, <strong>da</strong>s idéias, do<br />

estado de um país, e indicador dos passos<br />

<strong>da</strong>dos na carreira do Progresso, tem-se<br />

tornado elemento indispensável <strong>da</strong><br />

civilização”.<br />

Esse desejo de divulgar a cultura e o saber<br />

literário na província justifica o fato de ter<br />

sido a sua tipografia a responsável pela<br />

publicação do livro de poesias <strong>da</strong>quele que<br />

foi considerado o primeiro poeta paraibano,<br />

ou, para ser mais realista o primeiro a ter<br />

um livro de poesias editado, mesmo que<br />

postumamente. Trata-se de Vi<strong>da</strong> e poesia, de<br />

Francisco Xavier Monteiro <strong>da</strong> Franca,<br />

publicado em 1854. Não se restringindo à<br />

poesia, de suas máquinas surgiram os livros<br />

de Manoel Caetano Vellozo, Lições de

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