pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba
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Albuquerque também escrevia peças de<br />
teatro nas horas vagas, o que lhe garantia<br />
algum extra. Suas peças – aquelas escritas<br />
em Areia e as do Rio de Janeiro – foram<br />
encena<strong>da</strong>s na capital federal com sucesso.<br />
Ain<strong>da</strong> na condição de estu<strong>da</strong>nte, volta para<br />
Areia, em 1897, a fim de casar com<br />
Zulmira Ribeiro dos Santos Coelho. Depois<br />
de formado, volta à terra natal onde é<br />
recebido com festas e foguetório. Na guerra<br />
trava<strong>da</strong> entre os Cunha Lima e os Simeão<br />
Leal, Álvaro Machado, então governador <strong>da</strong><br />
<strong>Paraíba</strong>, o escolhe para prefeito de Areia<br />
(1904 a 1908) por não pertencer a nenhum<br />
dos dois grupos. Participando depois de<br />
várias disputas até ser eleito deputado<br />
federal, em 1913, quando mandou arrancar<br />
a placa de médico <strong>da</strong> sua porta e fugiu <strong>da</strong><br />
clínica. Foi também deputado estadual.<br />
Entre outras ativi<strong>da</strong>des, era poeta e<br />
costumava fazer sonetos corretos, com os<br />
quais premiava os inimigos. Eça de Queiroz<br />
e seus romances foram suas leituras<br />
preferi<strong>da</strong>s até o fim <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Depois do<br />
rompimento político com Epitácio Pessoa,<br />
passou a utilizar a seção de sátira de O<br />
Jornal, que dirigia com Rodrigues de<br />
Carvalho, para atacar seus inimigos,<br />
utilizando-se do pseudônimo de Biête do<br />
macaco. Contra José Américo de Almei<strong>da</strong>,<br />
utilizou o Correio <strong>da</strong> Manhã, folha de<br />
proprie<strong>da</strong>de de Ruy Carneiro. Segundo seus<br />
19<br />
biógrafos, foi o pioneiro na idéia do voto<br />
secreto, que divulgou na Câmara <strong>Federal</strong>, na<br />
imprensa <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> e do Rio. Sua paixão<br />
pela imprensa, se revelava de vários modos,<br />
inclusive na assinatura de O Jornal, folha do<br />
Rio, do seu amigo Assis Chateaubriand.<br />
Data de 1926 a sua participação ativa nos<br />
jornais paraibanos. Vários artigos foram<br />
escritos em O Jornal, onde foi re<strong>da</strong>tor-chefe<br />
de 1926 a 1927, <strong>da</strong> capital paraibana. Após<br />
o seu fechamento do jornal vai escrever na<br />
imprensa do Recife, no Diário <strong>da</strong> Manhã e<br />
Jornal do Recife, entre 1928 e 1929.<br />
No fim <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, viúvo, residiu no <strong>Paraíba</strong>-<br />
Hotel, indo algumas vezes ao Rio de Janeiro<br />
para visitar os filhos. Em 1953 passa a<br />
residir naquela ci<strong>da</strong>de, no bairro de<br />
Copacabana, casa de uma filha. Era leitor de<br />
jornais, pela manhã o Diário de Notícias e à<br />
tarde O Globo. Morreu em 27 de dezembro<br />
de 1954. Em sua homenagem, Ruy Carneiro<br />
deu-lhe o nome de um grupo escolar. Foi<br />
sócio correspondente do Instituto Histórico<br />
e Geográfico Paraibano – IHGP. Publicou<br />
Impaludismo no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:<br />
Is.n.I, 1901. Re<strong>da</strong>tora: SFPB<br />
Referências:<br />
ALMEIDA, Horácio. Brejo de Areia.<br />
Memórias de um município, 1958<br />
PINTO, Luiz. Octacílio de Albuquerque.<br />
Época. Vi<strong>da</strong>. Obra. Rio de Janeiro: Minerva,<br />
1966.