“A Arte, mais uma vez, invadirá o Oficina. Suas ... - Colégio Oficina

“Meu sonho não tem fim”
Por volta de 1970 e 1980 as ONG's, organizações nãogovernamentais,
começaram a fazer parte da nossa história.
A denominação que as caracteriza foi criada na Ata de
Constituição da ONU - Organização das Nações Unidas, em 1946,
onde são definidas como “entidades civis sem fins lucrativos, de
direito privado, que realizam trabalhos em benefício de uma
coletividade” se constituindo em organismos com os quais o
Conselho Econômico e Social desta entidade poderia estabelecer
consultoria.
De acordo com o estudo realizado pela Consultoria do Senado
Federal, em 1999,
“OG seria um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por ações
de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações
excluídas das condições da cidadania”.
A partir do processo de abertura política no Brasil, as ONG's se viram num impasse, já que muitas delas
serviam de apoio para a continuidade da ação política durante a ditadura militar. A partir desta abertura
as ONG's vão redefinindo seu papel na conjuntura de reorganização da sociedade civil.
Começaram então a desenvolver um papel de “assessoria” aos movimentos sociais, ou seja,
comprometem-se com as causas dos movimentos, desenvolvem trabalhos com eles, prestam assessoria,
mas não se envolvem politicamente, nem mesmo se submetem às suas decisões.
Com esta nova identidade, as ONG's passam a ter uma posição cômoda em relação ao resultado do
trabalho que desenvolvem, na medida em que não respondem diretamente pelos equívocos dos
movimentos sociais. Se, na história vimos que as ONG's surgem a partir dos movimentos sociais, nesta
nova fase deixa bem clara a sua distinção. As entidades representativas dos movimentos (sindicatos e
associações de moradores, por exemplo) têm íntimo envolvimento político com decisões e
questionamentos que levantam. Ao contrário as ONG's assumiram um compromisso para com a
sociedade civil organizada, ou seja, sendo agentes de capacitação política, não se comprometem com a
organização das estratégias de atuação dos movimentos.
Segundo Herbert de Souza, o Betinho:
“Uma OG se define por sua vocação política, por sua positividade política: uma entidade sem fins de lucro cujo objetivo
fundamental é desenvolver uma sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada nos valores da democracia –
liberdade, igualdade, diversidade, participação e solidariedade. (...) As OG's são comitês da cidadania e surgiram para
ajudar a construir a sociedade democrática com que todos sonham”
A condição de autonomia conquistada e atribuída às ONG's as credenciaram para o diálogo com outros
órgãos sociais como o Estado e o mercado. Agora, desprovidas de uma origem partidária, ou mesmo
ideológica as ONG's tornam-se interlocutores ideais de governos e empresas.
Atualmente, fazendo muitas vezes o que o governo não faz, as ONG's encarnam ações de cidadania e
começam a responder algumas questões sociais. Com isso, o governo também passa a promover seu
programa social de braços dados com as ONG's, chamando-as à responsabilidade e à cumplicidade com
seu programa de ação.
(http://www.unihorizontes.br/pi/pi_1sem_2007/inter_1sem_2007/admistracao/o_trabalho_voluntario.pdf)
2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ