“A Arte, mais uma vez, invadirá o Oficina. Suas ... - Colégio Oficina
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Tente outra Vez (Raul Seixas)<br />
“Veja,<br />
ão diga que a canção está perdida<br />
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida<br />
Tente outra <strong>vez</strong><br />
Beba,<br />
Pois a água viva ainda está na fonte<br />
Você tem dois pés pra cruzar a ponte<br />
ada acabou, não, não<br />
Tente,<br />
Levante sua mão sedenta e recomece a andar<br />
ão pense que a cabeça agüenta se você parar<br />
ão, não, não, não, não<br />
Há <strong>uma</strong> voz que canta<br />
Há <strong>uma</strong> voz que dança<br />
Há <strong>uma</strong> voz que gira<br />
Bailando no ar<br />
Elemento de passagem de cena:<br />
Linha/cordão desfiada de <strong>uma</strong> roupa (ou de várias roupas) <strong>uma</strong> alusão a obra de bispo do Rosário, como<br />
possibilidade de (re) criação do “mundo” (A dor como criação, ou a dor para a criação).<br />
CEA DA 8ª SÉRIE B – <strong>“A</strong> DOIS METROS DO CHÃO”<br />
A tarefa dessa turma é atuar no e sobre o caos, mirando <strong>uma</strong> (re) construção. A<br />
utopia leva-nos a compreender o mundo contemporâneo, provoca-nos o desejo<br />
(eu coletivo) de tornarmos mestres de nossa realidade. Refletir o que no nosso<br />
país e na nossa sociedade, desejamos reconstruir coletivamente. Provocar os<br />
deslocamentos de dejetos (distopias) da sociedade, (re) modelando, intervindo,<br />
fiando e desfiando. Porque sabemos que quando transformamos nos<br />
transformamos. A nossa identidade social é produzida historicamente e<br />
constituída nas posições assumidas pelo sujeito e as quais se identifica<br />
(HALL, 2000). Que posições temos assumido ou desejamos assumir diante das distopias vividas e das<br />
utopias desenhadas, enquanto corpo social?<br />
“Os doentes mentais são como beija-flores.<br />
unca pousam.<br />
Estão sempre a dois metros do chão.”<br />
Queira,<br />
Basta ser sincero e desejar profundo<br />
Você será capaz de sacudir o mundo, vai<br />
Tente outra <strong>vez</strong><br />
Tente,<br />
E não diga que a vitória está perdida<br />
Se é de batalhas que se vive a vida<br />
Tente outra <strong>vez</strong>”<br />
2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ<br />
(Arthur Bispo do Rosário)<br />
Olhe em volta. Veja ao seu redor. Tome um tempo e um espaço. Perceba seu lugar agora no corpo<br />
social. O que você vê?<br />
A arte reflete e refrata o mundo, ao criar o que ainda não está posto. É um lugar de corporeidade dos<br />
sentidos das experiências do sujeito. Assim, a arte, de certa forma, alimenta-nos da utopia de explorar<br />
novas possibilidades “em nome de algo radicalmente melhor que a h<strong>uma</strong>nidade tem direito de desejar e<br />
por que merece a pena lutar” (SANTOS, 2001, p.323).