“A Arte, mais uma vez, invadirá o Oficina. Suas ... - Colégio Oficina
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A política do reconhecimento e as várias concepções de multiculturalismo nos ensinam,<br />
enfim, que é necessário que seja admitida a diferença na relação com o outro. Isto quer dizer<br />
tolerar e conviver com aquele que não é como eu sou e não vive como eu vivo, e o seu modo<br />
de ser não pode significar que o outro deva ter menos oportunidades, menos atenção e<br />
recursos.<br />
A democracia é <strong>uma</strong> forma de viver em negociação permanente tendo como parâmetro a necessidade de<br />
convivência entre os diferentes, ou seja, a tolerância. Mas para valorizar a tolerância entre os diferentes<br />
temos que reconhecer também o que nos une. Portanto, cabe a turma redefinir estes posicionamentos,<br />
encarando imagens que reforcem a multiplicidade e o respeito a diversidade para construção de <strong>uma</strong><br />
sociedade pautada na compreensão das singularidades e especificidades de cada indivíduo.<br />
Ninguém = Ninguém (Humberto Gessinger)<br />
“Há tantos quadros na parede<br />
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro<br />
Há tanta gente pelas ruas<br />
Há tantas ruas e nenh<strong>uma</strong> é igual a outra<br />
inguém = ninguém<br />
Me encanta que tanta gente sinta<br />
(se é que sente) a mesma indiferença<br />
Há tantos quadros na parede<br />
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro<br />
Há palavras que nunca são ditas<br />
Há muitas vozes repetindo a mesma frase:<br />
inguém = ninguém<br />
Me espanta que tanta gente minta<br />
(descaradamente) a mesma mentira<br />
Há pouca água e muita sede<br />
Uma represa, um apartheid<br />
(a vida seca, os olhos úmidos)<br />
Entre duas pessoas<br />
Entre quatro paredes<br />
Tudo fica claro<br />
inguém fica indiferente<br />
inguém = ninguém<br />
Me assusta que justamente agora<br />
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora<br />
O que me encanta é que tanta gente<br />
Sinta (se é que sente) ou<br />
Minta (desesperadamente)<br />
Da mesma forma<br />
São todos iguais<br />
E tão desiguais<br />
uns <strong>mais</strong> iguais que os outros<br />
São todos iguais<br />
E tão desiguais<br />
uns <strong>mais</strong> iguais<br />
uns <strong>mais</strong> iguais”<br />
(http://www.espacoacademico.com.br/042/42wlap.htm)<br />
Corpo de Lama (Chico Science)<br />
“Este corpo de lama que tu vê<br />
É apenas a imagem que sou<br />
Este corpo de lama que tu vê<br />
É apenas a imagem que é tu<br />
Que o sol não segue os pensamentos<br />
Mas a chuva muda os sentimentos<br />
Se o asfalto é meu amigo eu caminho<br />
Como aquele grupo de caranguejos<br />
Ouvindo a música dos trovões<br />
Esta chuva de longe que tu vê<br />
É apenas a imagem que sou<br />
Este sol bem de longe que tu vê<br />
É apenas a imagem que é tu<br />
Fiquei apenas pensando que seu rosto<br />
Parece com as minhas idéias<br />
Fiquei apenas lembrando que há muitas garotas sorrindo<br />
Em ruas distantes, que há muitos meninos correndo em<br />
mangues distantes<br />
Esta chuva de longe que tu vê<br />
É apenas a imagem que sou<br />
Esse mangue de longe que tu vê<br />
É apenas a imagem que é tu<br />
Se o asfalto é meu amigo eu caminho<br />
Como aquele grupo de caranguejos<br />
Ouvindo a música dos trovões<br />
Deixai que os fatos sejam fatos naturalmente,<br />
Sem que sejam forjados para acontecer.<br />
Deixai que os olhos vejam os pequenos detalhes<br />
lentamente,<br />
Deixai que as coisas que lhe circundam<br />
Estejam sempre inertes como móveis<br />
Inofensivos para lhe servir quando for<br />
Preciso e nunca lhe causar danos<br />
Sejam eles morais físicos ou psicológicos.”<br />
2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ