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“A Arte, mais uma vez, invadirá o Oficina. Suas ... - Colégio Oficina

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CEA DA 8ª SÉRIE C – “O QUE SERÁ QUE SERÁ?”<br />

Nome de <strong>uma</strong> música de Chico Buarque que, segundo Adélia Meneses, é anunciadora do<br />

futuro. O espaço do desejo, o grito calado. <strong>“A</strong> pulsão vital silenciada- todo esse silêncio irá<br />

explodir [...]”<br />

(Munch, O Grito)<br />

Há um personagem de Ítalo Calvino Sr. Palomar, nome de observatório<br />

astronômico na California. Através de seu “olho telescópio” (ele é todos<br />

olhos), Sr. Palomar sabe esgarçar a densa capa que recobre o velho<br />

mundo, aparentemente cristalizado por inúmeros condicionamentos e<br />

automatismos, para instaurar sua novidade perene em constante<br />

movimento de recriação. O “olho telescópio” volta-se para a amplidão<br />

do espaço, mas volta-se, sobretudo, para o cotidiano. O que significa<br />

que, para Sr Palomar, as grandes questões do mundo e da existência<br />

também estão presentes em cada cena que presenciamos e em cada<br />

objeto que observamos. Isso nos serve de chão para compreender a<br />

complexidade da crise planetária que caracteriza o nosso século, sem<br />

ignorarmos sua presença na relação com o nosso cotidiano.<br />

As teorias fatalistas sempre existiram. E sempre serviram de impulso para reflexões <strong>mais</strong> profundas a<br />

cerca do planeta que temos e queremos construir. Mas, por outro lado, servem de apelos<br />

sensacionalistas e mercadológicos que manipulam o imaginário social. Quantos “fins de mundo”<br />

presenciamos no cotidiano?<br />

<strong>“A</strong> crise ambiental, primeiro, e a gravíssima crise econômica em nível mundial, agora, mostraram<br />

claramente, a todos, os limites do sistema capitalista a tal ponto que hoje por todo lado se invoca <strong>uma</strong><br />

mudança radical da sociedade em escala planetária. Em particular, a valência utópica da ecologia está se<br />

revelando decisiva não apenas para o nosso tempo, mas também para as gerações futuras”<br />

(Cosimo Quarta. Jornal da UNICAMP, Jun 2009)<br />

A tarefa dessa turma se constrói sobre as noções de identidade planetária e na necessidade de nos<br />

tornarmos intersolidários, para enfrantamos os problemas que dizem respeito a todos/as moradores/as<br />

desse planeta. Porém, sem perder de vista as questões locais, os perversos processos de exclusão e as<br />

lutas dos movimentos sociais. Observar o entranhamento: a histórias pessoal é parte da história<br />

biosociocultural que por sua <strong>vez</strong> é parte da história do planeta.<br />

Refletindo a Utopia<br />

Mas o que <strong>uma</strong> geração não consegue realizar é retomado pelas gerações sucessivas que, por sua <strong>vez</strong>,<br />

elaboram seu projeto utópico, e assim acontecerá sempre, enquanto durarem o homem (sic) e a história.<br />

Portanto, haverá utopia enquanto houver história. Eis porque a utopia pode ser também definida como o<br />

motor da história.<br />

2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ<br />

(Cosimo Quarta)

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