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“A Arte, mais uma vez, invadirá o Oficina. Suas ... - Colégio Oficina

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LIBERTAR-ME PARA O OUTRO<br />

CEA DA 7ª SÉRIE A – “VOCÊ PODE PESAR QUE EU SOU UM SOHADOR, MAS EU ÃO SOU O ÚICO.”<br />

“ão se é tão livre quanto se deseja, quanto se quer,<br />

quanto se julga, tal<strong>vez</strong> quanto se vive.<br />

Marguerite Yourcenar,<br />

Aléxis, ou o tratado do vão combate”<br />

Senhor! Senhor! tornou a gritar, ao concluir os seus<br />

pensamentos, “devo, então, começar a respeitar a<br />

opinião do outro sexo, embora me pareça<br />

monstruosa? Se uso saias, se não posso nadar, se<br />

tenho de ser salva por um marinheiro, Deus meu!”,<br />

gritou, “que hei de fazer?” E com isso entristeceu.<br />

2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ<br />

(Virginia Woolf, Orlando)<br />

Esta turma deverá lançar luz sobre a história das mulheres, mas também a dos homens, das relações<br />

entre homens e mulheres, dos homens entre si e igualmente das mulheres entre si, além de propiciar um<br />

campo fértil de análise das desigualdades e das hierarquias sociais. As questões de gênero assinala o<br />

interesse da historiografia em <strong>uma</strong> história que inclua os discursos dos “oprimidos”, n<strong>uma</strong> análise do<br />

sentido e da natureza desta opressão. Ressignificar a ideia de gênero incluindo como possibilidade<br />

reflexões a cerca de um tal<strong>vez</strong> terceiro, quarto gênero. Repensar e traduzir em arte como o gênero<br />

funciona nas relações sociais. Como o gênero dá sentido à organização e à percepção do conhecimento<br />

histórico. A proposta é um uso do gênero muito <strong>mais</strong> abrangente, incluindo o homem e a mulher em<br />

suas múltiplas conexões, suas hierarquias, precedências e relações de poder.<br />

<strong>“A</strong> primeira conseqüência das inclinações proibidas é de nos emparedar em nós mesmos: é preciso<br />

calar, ou só falar sobre o assunto com nossos cúmplices.”<br />

O que quero dizer é que compreender a reprovação à<br />

homossexualidade é <strong>uma</strong> chave para a compreensão das<br />

principais questões do gênero. Como se constituem as<br />

desigualdades e hierarquias entre os sexos, como se constroem<br />

as identidades sexuais e como se conformam as categorias do<br />

masculino e do feminino. Como lembra Paul Veyne, a<br />

homossexualidade não é um problema em si para a história, mas<br />

sim a sua repressão. Enxergar a utopia como possibilidade de<br />

ser realmente livre. Compreender melhor as minhas relações<br />

com o outro. Discutir as ações hegemônicas de um grupo sobre<br />

os outros, as desigualdades. O desafio é mostrar que o discurso<br />

da hegemonia proporciona a exclusão e, não existe justiça com<br />

desigualdade.<br />

(Marguerite Yourcenar)

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