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“A Arte, mais uma vez, invadirá o Oficina. Suas ... - Colégio Oficina

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Poema de Arnaldo Antunes<br />

O guardador de Rebanhos (Alberto Caeiro, pseudônimo de Fernando Pessoa)<br />

<strong>“A</strong> palavra precisa lança o som à velocidade da luz<br />

Onde nós e você<br />

Dominamos o espaço<br />

A imagem fala por si<br />

E por mim<br />

Portanto flutuaremos pelo avião<br />

Como um par dançante<br />

Perseguidos pelos olhares estrelados<br />

De <strong>uma</strong> platéia atenta<br />

É fundamental o texto<br />

(Bernardo Vilhena)<br />

A gagueira quase palavra<br />

Quase aborta<br />

A palavra quase silêncio<br />

Quase transborda<br />

O silêncio quase eco<br />

A gagueira agora<br />

O século eco”<br />

Quanta (Gilberto Gil)<br />

“De pensamento em chamas<br />

Inspiração<br />

<strong>Arte</strong> de criar o saber<br />

<strong>Arte</strong>, descoberta, invenção<br />

Teoria em grego quer dizer<br />

O ser em contemplação<br />

Cântico dos cânticos<br />

Quântico dos quânticos<br />

Sei que a arte é irmã da ciência<br />

Ambas filhas de um Deus fugaz<br />

Que faz num momento<br />

E no mesmo momento desfaz<br />

Esse vago Deus por trás do mundo<br />

Por detrás do detrás”<br />

“Sou um guardador de rebanhos.<br />

O rebanho é os meus pensamentos<br />

E os meus pensamentos são todos sensações.<br />

Penso com os olhos e com os ouvidos<br />

E com as mãos e os pés<br />

E com o nariz e a boca.<br />

Pensar <strong>uma</strong> flor é vê-la e cheirá-la<br />

E comer um fruto é saber-lhe o sentido.<br />

Por isso quando num dia de calor<br />

Me sinto triste de gozá-lo tanto,<br />

E me deito ao comprido na erva,<br />

E fecho os olhos quentes,<br />

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,<br />

Sei a verdade e sou feliz”<br />

A ciência em si (Gilberto Gil)<br />

Se toda coincidência<br />

Tende a que se entenda<br />

E toda lenda<br />

Quer chegar aqui<br />

A ciência não se aprende<br />

A ciência apreende<br />

A ciência em si<br />

Se toda estrela cadente<br />

Cai pra fazer sentido<br />

E todo mito<br />

Quer ter carne aqui<br />

A ciência não se ensina<br />

A ciência insemina<br />

A ciência em si<br />

Poema de Waly Salomão<br />

“Hoje só quero Ritmo.<br />

Ritmo no falado e no escrito<br />

Ritmo, veio-central da mina.<br />

Ritmo, espinha dorsal do corpo e da mente.<br />

Ritmo na espiral da fala e do poema.<br />

Ritmo é o que <strong>mais</strong> quero pro meu dia dia”<br />

Se o que se pode ver, ouvir,<br />

pegar, medir, pesar<br />

Do avião a jato ao jaboti<br />

Desperta o que ainda não,<br />

não se pôde pensar<br />

Do sono do eterno ao eterno devir<br />

Como a órbita da terra<br />

abraça o vácuo devagar<br />

Para alcançar o que já estava aqui<br />

Se a crença quer se materializar<br />

Tanto quanto a experiência quer se abstrair<br />

A ciência não avança<br />

A ciência alcança<br />

A ciência em si<br />

2008Salvador/sec./extraclasse/ OficinConcert/ 20080808_RoteiroGeralFina-EM.doc/prof-nJ

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