1-102 - Universidade de Coimbra

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IV
A edade contemporânea deixa antever com o século
xix uma alvorada de relativa bonança na vida da
Europa.
Suppoz-se que os Estados do velho mundo sujeitos
pelo successo de continuas epidemias a uma immunização
forçada, tinham logrado oppôr-se ao recrudescimento
dos contágios; imaginou-se que a moléstia
já cançada da carreira longamente descripta, ia retirar
de vez ao primeiro berço, abandonando as populações
latinas; pareceu que a prophylaxia utilizada fora garantia
bastante á tranquillidade geral.
Entretanto, não succedeu assim. Se bem que haja
a considerar um notável decrescimento no principio do
xix século — é certo que as epidemias não usaram na
sahida a precipitação da entrada; embora menos intensa
e violenta, a peste do século xix prende nas edades
passadas.
Logo no decorrer de 1808 Constantinopla foi
subvertida por i5o:ooo casos bem confirmados d'esta
epidemia, que, embora declinasse um pouco em i8i3,
nem por isso deixou de affirmar uma virulência bastante
accentuada — ao contrario do que se tinha previsto.
Em 18 14 e desde este anno a 1866 consignam-se
não menos violentas invasões, que, começando pela
costa do Adriático, depressa tomaram as ilhas Jónicas
e as cidades do nordeste da Italia — em geral as regiões
septentrionaes da Europa.
N'esta corrente estão : a peste de Noja, alguns fla_
gellos que por 1828 grassaram na Morêa, e vários