1-102 - Universidade de Coimbra

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Não durou, porém, a illusão. No entardecer do xix
século notou-se o regresso; dos antigos fócos, sahiu
o alarme consciente dos que se lembravam ainda da
moléstia e viam nos primeiros estragos a dizimação
que ia produzir-se.
O Estado que logo a principio lhe sentiu a visita
foi o Egypto, que desde os tempos mais remotos a
conhecia. Collocado na extrema d'um Continente, banhado
de norte a léste por uma grande faixa de agua
— o Mediterrâneo e o Mar Vermelho, — além d'isto
ligado directamente á Asia pela passagem movimentada
do Suez — reúne em si as desvantagens de um
verdadeiro fóco.
D'este primeiro logar, é fácil vêr como a epidemia
passou a Tripoli. O pouco cuidado da região, de certo
bem pouco precavida com isolamentos e medidas prophylaticas
que lhe impedissem a importação—foi o motivo
da entrada. Começou por se estadear em Benghazi,
seguiu a Derusa; percorreu o territorio norte-africano
em varias direcções; e só pareceu satisfazer-se quando
ganhou o Interior — no sentido do Sahará.
Na Asia o perímetro alcançado foi indubitavelmente
maior.
A praga começou a noroeste, tomou o Oriente
antigo; passou em breve tempo á China; espalhou-se
pela região indica; e galgou as costas do Pacifico.
Procuraremos dar a breves traços uma ideia rapida
d'esta digressão.
As pestes arabicas têem a prioridade dos archivos.
Nas memorias epidemiológicas da epocha remontam
ao anno de 1874.
As tribus de Ali-Sadi e Dali-Dachman, nos limi-