1-102 - Universidade de Coimbra

55
verdade é que se esta se não tem dado, é fácil adivinhar
que um futuro proximo a pôde trazer.
O mal de Vetlianka deteve-se na primeira região.
E, ou o facto fosse devido á fórma attenuada do contagio,
ã situação especial d'aquelle povoado, ou a outras
causas, é certo que não houve alastramento. Entretanto
as medidas tomadas não podem merecer-nos
applausos e contrariamente devem considerar-se nos
extremos d'uma civilisação acanhada. Os cordões sanitários
usados na Rússia têem uma única explicação:
esta consiste no regimen absoluto que a nação representa.
Como systema de defeza geral não podem nem
devem admittir-se. Como exemplo, Vetlianka nada representa.
Quanto a nós a debellação da epidemia deve-se
á fórma orographica do ponto.
No periodo contemporâneo tem havido continuas
ameaças nos differentes continentes. Especialmente
desde 1898 para cá, tem-se feito sentir nos portos internacionaes
da Ásia, da Africa e talvez como derivação
d'estes fócos, em varias cidades da Europa.
Em 1898 deu-se na Áustria uma dizimação virulenta,
embora limitada, que foi considerada uma peste
de laboratorio, e victimou logo no começo o Dr. Muller
e alguns empregados subalternos do gabinete que
a irradiou. Foi sufFocada após as primeiras manifestações.
Em Maio ou Junho de 1899 fez a sua entrada em
Portugal a peste do Porto, sendo confirmada no dia 8
d'este ultimo mez pelo actual professor da Escola Medico-Cirurgica
de Lisboa o Snr. Ricardo Jorge.
N'aquella mesma cidade se demorou por 1900,