1-102 - Universidade de Coimbra
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II<br />
A PESTE PORTUGUEZA<br />
ORTUGAL teve, nos fins do <strong>de</strong>cimo ser><br />
gundo século, sob o domínio <strong>de</strong> Sancho<br />
i, um momento <strong>de</strong> tormentosas provações.<br />
Foi quando as hostes sarracenas penetraram<br />
as fronteiras luzitanas; Yacub tomou<br />
Torres-Novas, assediou Thomar e ameaçou<br />
Santarém; o <strong>de</strong>salento penetrou as guerrilhas<br />
do Rei — já prestes a ren<strong>de</strong>r-se; e o povo sentiu,<br />
com a espectativa da queda, a coragem<br />
da revolta.<br />
Na difficil conjunctura D. Sancho <strong>de</strong>sanimára.<br />
Imaginou que o terreno dilatado pelo<br />
esforço <strong>de</strong> AíTonso i, ia estreitar-se com a refrega<br />
; reuniu os cavalleiros que gloriosamente tinham<br />
combatido ao lado do pae, e entregou-se aos successos.<br />
Então uma intervenção eventual veio <strong>de</strong>sviar a<br />
lucta; retemperar o valor dos soldados; e indicar aos<br />
assaltantes o caminho das fronteiras.<br />
Reportamo-nos á doença.