1-102 - Universidade de Coimbra

tes de Dachma e Beni-Cheir, foram as que primeiro
receberam o contagio, devido ás deploráveis condições
hygienicas em que viviam. Geralmente as povoações
da montanha vergam-se diante da fatalidade d'este
mal porque o julgam um designio de Allah: todas as
precauções são ahi propositadamente evitadas (i).
Além d'esta muitas outras causas influem no mau
estado sanitario que normalmente ahi se regista.
Em 1895 ainda a peste lá grassava com bastante
intensidade, e o facto preoccupou bastante a Europa,
pela proximidade da região do Assyr com a cidade de
Meca — um dos pontos da Arabia que mais ligação
tem com o mundo commercial, asiatico e europeu.
As epidemias da Mesopotamia affligem a região a
partir do penúltimo século (1773), mas destacaram-se
e tornaram-se mais perniciosas desde 1802 e 183 1,
quando invadiram Bagdad e avançaram pela vertente
septentrional da circumscripção Mesopotamica.
Localizaram-se especialmente ao Irak-Arabi, que
tomaram em 1874-75-76 — depois de terem seguido o
littoral do Euphrates, occupando a antiga área da Babvlonia;
d'ahi passaram ao moderno estado do Kurdistan
— importante divisão tributaria da Turquia
Asiatica (1877-86).
A seguir, sobrevieram as pestes pérsicas geralmente
assim chamadas em razão do perímetro geographico
que as delimitou.
(1) Este facto é tanto mais curioso quanto é certo terem a
população todo o cuidado em se preservar da varíola. Proust. Loc. cit.