1-102 - Universidade de Coimbra
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guezes e extrangeiros. Mas nem uns nem outros asseguram<br />
uma opinião <strong>de</strong>finitiva; e, pelo contrario, todos<br />
se inclinam a probabilida<strong>de</strong>s mais ou menos hesitantes.<br />
D'entre os estudos extrangeiros <strong>de</strong>stacaremos as<br />
pesquisas dos professores allemães (Kossel e Frosch),<br />
e o relatorio francez Calmette-Salimbeni.<br />
Vejamos as respectivas opiniões.<br />
Os primeiros começam por afastar a hypothese<br />
<strong>de</strong> que a peste tenha sido trazida a Portugal pelo bispo<br />
D. Antonio Barroso. Quando a moléstia entrou no<br />
Porto — explicam — nem o prelado nem a sua mobilia<br />
tinham penetrado o Paço Episcopal.<br />
Teria sido a importação feita pelos vapores empregados<br />
no commercio, especialmente pelas embarcações<br />
vindas da índia e do Egypto P<br />
Escreveram a este respeito:— «Como realmente<br />
se dá uma gran<strong>de</strong> importação <strong>de</strong> chá, arroz, pelles da<br />
índia, milho e cereaes do Egypto e Rússia, era natural<br />
que logo occorresse que tinha sido este o caminho que<br />
a peste havia seguido».<br />
«Apesar, porém, d'esta opinião ser dada com tanta<br />
certeza — continuam — é certo que nunca ella pou<strong>de</strong><br />
ser provada. As indagações feitas são contrarias a<br />
essa opinião.<br />
Pela nota das entradas dos vapores que po<strong>de</strong>mos<br />
o bter por intermedio do cônsul allemão, o vapor Cyty<br />
of Cork (i) sahiu em 13 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> Londres, e só tornou<br />
a entrar no Porto, vindo <strong>de</strong> Newport, com carre-<br />
(i) Que se dizia ter sido o vehiculo da peste.