1-102 - Universidade de Coimbra

Pouco depois partia para o norte o snr. Homem
de Vasconcellos encarregado de vêr dos serviços hygienicos
da cidade, no sentido de novas indicações para
as reformas que deviam publicar-se n um praso breve.
Estes esforços alliados á campanha da Imprensa
e sociedades medicas não podiam deixar de se fazer
sentir nas instancias superiores, que, na impossibilidade
de manter as primeiras medidas, curaram da sua
modificação.
Isto deu-se lenta e gradualmente. O aviso de 4
de Setembro, circumstanciando as mercadorias que
não podiam transitar livremente pelo Porto, descia a
uma enumeração sobremaneira exaggerada, que, em
seu rigor medieval, estava longe das medidas votadas
em Veneza.
Porém, a 20 de Setembro, já se nota, com uma
nova decisão, uma transigência — na parte relativa
áquella matéria.
A 10 de Outubro —talvez no momento em que
a doença ganhava maior terreno — publicava o Diário
do Governo um novo diploma no qual se permittia,
embora sem assentimento da Junta, que os doentes
fossem isolados em suas casas, levantando-se a hospitalização
obrigatoria.
Finalmente, em princípios de Novembro, ordenou-se
a substituição do cordão por postos de revisão,
em geral patrulhados; e, adoptaram-se outras medidas
que deviam — no começo — ter orientado o debellamento
da moléstia, — de harmonia com as prescripções
scientificas do Congresso Internacional de
Veneza, as necessidades commerciaes do Porto e as
conclusões auctorizadas das sociedades medicas, e
missões portuguezas e extrangeiras n'aquella cidade.