17.04.2013 Views

1-102 - Universidade de Coimbra

1-102 - Universidade de Coimbra

1-102 - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Fel-o d'uma maneira clara, precisa e expressa.<br />

Mas <strong>de</strong>ixou excepções e estabeleceu preceitos especiaes<br />

para casos também diversos.<br />

N'estes tem cabimento a usurpação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res;<br />

pô<strong>de</strong> legitimar-se a dictadura.<br />

São excepções prescriptas na Carta : — os casos<br />

<strong>de</strong> rebellião ou invasão d'inimigos e os perigos imminentes<br />

da Nação Portugueza. (Artigo 145.°, | 34. 0 , Carta<br />

Constitucional) (1).<br />

Ora, n'estas ultimas circumstancias estava Portu-<br />

(1) Se bem que esta questão envolva um problema essencialmente<br />

jurídico, permittimo-nos versal-a em attenção ao caracter historico<br />

do capitulo em que a inserimos.<br />

Pareceu-nos egualmente opportuno reproduzir as disposições<br />

da Carta Constitucional, como elucidação do texto :<br />

Artigo 145.° A inviolabilida<strong>de</strong> dos direitos civis e políticos dos Cidadãos<br />

Portuguezes, que tem por base a liberda<strong>de</strong>, a segurança<br />

individual, e a proprieda<strong>de</strong>, é garantida pela Constituição do<br />

Reino, pela maneira seguinte :<br />

(Dão-se immediatamente em lista enumerativa as garantias).<br />

§" 33." Os Po<strong>de</strong>res constitucionaes não po<strong>de</strong>m suspen<strong>de</strong>r a Constituição,<br />

no que diz respeito aos Direitos individuaes, salvo nos casos,<br />

e circumstancias especificadas no § seguinte;<br />

§ 34. 0 Nos casos <strong>de</strong> rebellião, ou invasão <strong>de</strong> inimigos, pedindo a segurança<br />

do Estado, que se dispensem por tempo <strong>de</strong>terminado algumas<br />

das formalida<strong>de</strong>s, que garantem a liberda<strong>de</strong> individual,<br />

po<strong>de</strong>r-se-ha fazer por acto especial do Po<strong>de</strong>r Legislativo. Não<br />

se achando porém á esse tempo reunidas as Cortes, e correndo<br />

a Patria perigo imminente, po<strong>de</strong>rá o Governo exercer esta<br />

mesma provi<strong>de</strong>ncia, como medida provisoria, e indispensável,<br />

suspen<strong>de</strong>ndo-a, immediatamente cesse a necessida<strong>de</strong> urgente,<br />

que a motivou ; <strong>de</strong>vendo, n'um e outro caso, remetter ás Cortes,<br />

logo que reunidas forem, uma relação motivada das prisões,<br />

e <strong>de</strong> outras medidas <strong>de</strong> prevenção tomadas ; e quaesquer<br />

Auctorida<strong>de</strong>s, que tiverem mandado proce<strong>de</strong>r a ellas, serão<br />

responsáveis pelos abusos, que tiverem praticado a esse respeito.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!