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Hipólito e Fedra nos caminhos de um mito - Universidade de Coimbra

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Patricia Zapata<br />

Po<strong>de</strong>mos assinalar, então, que a subjetivação teatral manifestada por<br />

Unamuno não contradiz o status quo. Pelo contrário, a sua versão <strong>de</strong> <strong>Fedra</strong> é<br />

<strong>um</strong>a ratificação da subjetivida<strong>de</strong> macropolítica, caracterizada como aquilo que<br />

se expressa na vida quotidiana e se manifesta <strong>nos</strong> gran<strong>de</strong>s discursos sociais <strong>de</strong><br />

representação, com <strong>um</strong> alargado <strong>de</strong>senvolvimento institucional (cf. J. Dubatti<br />

2008: 115).<br />

Evidência disso é o facto <strong>de</strong> o universo masculino organizar a or<strong>de</strong>m<br />

e <strong>de</strong>terminar que “<strong>de</strong>spués <strong>de</strong> todo ha sido una santa mártir”: “¡Ha sabido<br />

morir!” (III, 14). Em Unamuno, Pedro, o marido <strong>de</strong> <strong>Fedra</strong>, diante do engano<br />

e do suicídio, não a o<strong>de</strong>ia, antes reafirma o seu apreço, posto que a ajudou a<br />

conhecer a verda<strong>de</strong> e a aceitar o sentido trágico da existência.<br />

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