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A CAPA - Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná

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música<br />

árvores <strong>de</strong>sesperadas, livro <strong>de</strong> poemas. Nesse mesmo<br />

ano apresentou-se no projeto Fala, poeta, acompanha<strong>do</strong><br />

pelo grupo Confraria da Bazófia, em Salva<strong>do</strong>r, Bahia.<br />

Publicou também Signo <strong>de</strong> Navegação Bahia e Gente e<br />

Estrela <strong>do</strong> Norte, A<strong>de</strong>us.<br />

Produção musical<br />

Ao contrário <strong>do</strong> que muitos pensam, Capinan não é<br />

compositor <strong>de</strong> uma única música: Ponteio. Des<strong>de</strong> Ladainha<br />

(1965, em parceria com Gilberto Gil, sua primeira<br />

música gravada), até os dias <strong>de</strong> hoje, compôs centenas<br />

<strong>de</strong> músicas. Muitas <strong>de</strong>las <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> sucesso, mas que<br />

curiosamente as pessoas não as associam a Capinan.<br />

Exemplo clássico: Papel marchê, letra <strong>de</strong> Capinan e<br />

música <strong>de</strong> João Bosco, que a gravou e fez gran<strong>de</strong> sucesso.<br />

Regravada por outros cantores famosos, muito<br />

raramente alguém se refere a esta música apontan<strong>do</strong><br />

Capinan como seu letrista.<br />

Em 1966, Ladainha foi gravada no la<strong>do</strong> B <strong>do</strong> compacto<br />

simples que trazia no la<strong>do</strong> A A banda, <strong>de</strong> Chico Buarque,<br />

vence<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Festival <strong>de</strong> Música Popular Brasileira,<br />

da TV Record, cujo estron<strong>do</strong>so e dura<strong>do</strong>uro sucesso<br />

ofuscaria qualquer companhia. Além <strong>de</strong>ssas, compôs<br />

outras músicas <strong>de</strong> sucesso, como por exemplo: Canção<br />

para Maria, com Paulinho da Viola, gravada e <strong>de</strong>fendida<br />

por Jair Rodrigues no II Festival da Música Popular, em<br />

1966; com Edu Lobo compôs, em 1967, Ciran<strong>de</strong>iro, Corrida<br />

<strong>de</strong> Jangada e Rosinha. Naquele mesmo ano, Água<br />

<strong>de</strong> meninos e Viramun<strong>do</strong>, com Gilberto Gil. Nos anos<br />

seguintes compôs Clarisse, com Caetano Veloso; Soy<br />

loco por ti, América e Miserere nobis, com Gilberto Gil;<br />

Gothan City e Pulsares e quasares, com Jards Macalé.<br />

Na década <strong>de</strong> 70, Coração impru<strong>de</strong>nte e Orgulho, com<br />

Paulinho da Viola; Farinha <strong>do</strong> <strong>de</strong>sprezo, 78 rotações, Meu<br />

amor me agarra & geme & treme & chora & mata e Movimento<br />

<strong>do</strong>s barcos, com Jards Macalé; Come se fosse<br />

e Última mentira, com Fagner; Negro negro, Limite das<br />

águas, Repente e Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, com Edu Lobo; Não posso<br />

crer, Pitanga e Acalanto, com Mirabô Dantas; Geme<strong>de</strong>ira",<br />

com Robertinho <strong>de</strong> Recife; Caipira e o jingle Ver<strong>de</strong><br />

54<br />

que te quero ver<strong>de</strong>, com Alcyvan<strong>do</strong> Luz.<br />

Na década <strong>de</strong> 80, volta a compor com Paulinho da<br />

Viola: Mais que a lei da gravida<strong>de</strong> e Prisma luminoso;<br />

além <strong>de</strong> Luandê, com E<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Gentil; Imã <strong>do</strong>s ais, Papel<br />

Marchê e Pirata azul, com<br />

João Bosco; Nega Dina, com "EMBORA A SUA PRÓPRIA<br />

Moraes Moreira; Baião <strong>de</strong> DISCOGRAFIA SEJA PEQUENA,<br />

nós, La nave vá, Pro Gereba TEM MAIS DE 600 MÚSICAS<br />

e os onze, Libi<strong>do</strong> e Valsa <strong>de</strong>r- GRAVADAS POR CENTENAS DE<br />

ra<strong>de</strong>ira, com Gereba; Janeiro INTÉRPRETES, E DIZ A LENDA,<br />

ainda - Possibilida<strong>de</strong>s, com QUE O MESMO NÚMERO, COM<br />

Gonzaguinha; To<strong>do</strong>s quere- DIVERSOS PARCEIROS, PARA<br />

mos e Moça bonita, com Ge-<br />

SEREM GRAVADAS."<br />

ral<strong>do</strong> Azeve<strong>do</strong>; Garrafas vazias,<br />

com Sueli Costa; Santa menina sensual <strong>do</strong> metrô,<br />

com Gereba e Kapenga; Um dueto, com Francis Hime e<br />

Xote <strong>do</strong>s poetas com Zé Ramalho. A partir da década <strong>de</strong><br />

90, embora com menor intensida<strong>de</strong> na música, manteve-se<br />

em plena ativida<strong>de</strong> cultural, plural como sempre.<br />

• • • • • • • • • • • •<br />

5. Aldir Blanc (Aldir Blanc Men<strong>de</strong>s)<br />

Na apresentação <strong>do</strong> disco comemorativo aos seus<br />

50 anos, Dorival Caymmi assim o <strong>de</strong>fine: "Aldir Blanc é<br />

compositor carioca. É poeta da vida, <strong>do</strong> amor, da cida<strong>de</strong>.<br />

É aquele que sabe como ninguém retratar o fato e o<br />

sonho. Traduz a malícia, a graça e a malandragem. Se<br />

sabe <strong>de</strong> ginga, sabe <strong>de</strong> samba no pé. Estamos falan<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> Ourives <strong>do</strong> Palavrea<strong>do</strong>. Estamos falan<strong>do</strong> <strong>de</strong> poesia<br />

verda<strong>de</strong>ira. To<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> é carioca, mas Aldir Blanc é<br />

carioca mesmo".<br />

Nasceu no Bairro <strong>do</strong> Estácio em 2 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong><br />

1946, on<strong>de</strong> passou a infância antes <strong>de</strong> mudar-se para a<br />

Tijuca. A impressão que se tem é a <strong>de</strong> que nunca arre<strong>do</strong>u<br />

pé <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is bairros cariocas. Iniciou suas composições<br />

musicais aos 16 anos em parceria com Silvio<br />

Silva Junior, com quem viria mais tar<strong>de</strong> compor um <strong>do</strong>s<br />

seus maiores sucessos: Amigo é prá essas coisas. Logo<br />

em seguida, em 1963, começou estudar bateria, forman<strong>do</strong><br />

o conjunto Rio Bossa Trio, que posteriormente,

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