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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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Um período de grande criatividade e, ao mesmo<br />

tempo, da perda quase que absoluta de controle<br />

sobre essa criatividade que parecia querer<br />

arrebentar com as amarras de minha formação<br />

racionalista. No cinema, não só o insucesso de<br />

Anuska me atingia.<br />

O destino de meu filme Liberdade de <strong>Imprensa</strong><br />

me alimentou um processo anárquico de liberação.<br />

O filme, iniciado em 66 e terminado em<br />

67, fora visto em duas sessões. Uma no Rio, com<br />

boa repercussão no Jornal do Brasil. E uma outra,<br />

em 68, numa sessão muito significativa da SAC,<br />

em São Paulo. No programa, três filmes. Um,<br />

do Gustavo Dahl, o barroco brilhante de Em<br />

Busca do Ouro. O outro, o documentário<br />

anárquico e despojado de Rogério Saganrzela,<br />

Documentário?. O terceiro, o meu politizado<br />

Liberdade de <strong>Imprensa</strong>, carregado de idéias que<br />

alimentariam meu cinema por muito tempo.<br />

Logo depois os militares detonam o Congresso<br />

da UNE, em Ibiúna. E lá, apreendem as cópias<br />

de meu filme, que seria distribuído nacionalmente<br />

pelo movimento universitário, que o<br />

produzira. O resultado disso é que o filme passou<br />

a ser clandestino, maldito - e assim ficou por<br />

cerca de dez anos, até que ousássemos desenterrar<br />

os negativos (já bastante sacrificados) e<br />

tirar uma nova cópia.<br />

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