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202<br />

Sua primeira incursão foi a de se tornar sócio da<br />

Raiz, usando parte do que recebera do Fundo de<br />

Garantia. Eu gostava da idéia mas a Assunção, mais<br />

realista, achava que era absurdo o Vlado gastar<br />

dinheiro numa atividade na qual a gente tinha<br />

sempre que batalhar para trabalhar. Convencemos<br />

o Vlado a não entrar para a Raiz e ele resolveu<br />

que desenvolveria alguns trabalhos conosco. Um<br />

deles era para um filme sobre Canudos. Ele faria a<br />

pesquisa e o roteiro para que eu dirigisse. Vlado<br />

chegou a viajar para a Bahia, fotografou, gravou<br />

depoimentos, mas o projeto foi ficando na gaveta,<br />

à espera de alguma chance de produção.<br />

Eu, já com um pé no cinema, preparava o projeto<br />

de meu novo longa-metragem, seis anos depois<br />

de Gamal. O filme seria Doramundo, uma adaptação<br />

do romance do paulista Geraldo Ferraz.<br />

E o roteirista seria o Vlado. Ele começou o trabalho,<br />

gravando depoimentos na cidade ferroviária<br />

de Paranapiacaba, onde se deram os fatos<br />

que estavam na origem do romance, ou seja,<br />

uma série de assassinatos anônimos em meio à<br />

permanente neblina.<br />

Quando começava a alinhavar o roteiro, já<br />

esboçado, Vlado recebeu um convite inesperado,<br />

contrariando o trajeto de cinema que<br />

ele buscava traçar a partir de Canudos (projeto

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