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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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324<br />

No texto, publicado correta e democraticamente<br />

pelo Estadão no dia seguinte (sinal de<br />

maturidade do jornal), eu analiso os perigos<br />

de um filme e me pergunto por que um filme<br />

pode ser perigoso, já que o filme não prendia<br />

ninguém, não torturava, não matava seus inimigos.<br />

Por que tratar como inimigo um filme que<br />

tenta refletir sobre a história de seu próprio<br />

país? Aliás, por que tratar qualquer filme<br />

como inimigo?<br />

Um filme se situa no campo dos sonhos, das<br />

emoções e das idéias e se insere na vida social<br />

justamente por essas vias, ajudado ou não pelas<br />

circunstâncias do momento.<br />

É preciso, diante do filme, se perguntar não só<br />

sobre o que fala, mas porque fala, com que<br />

sentimentos trabalha, que idéias alimentam sua<br />

narrativa e sua estrutura, com que formas<br />

procura atingir a sensibilidade de seu público. É<br />

sempre uma análise complexa e que é, no dia a<br />

dia, reduzida a simplificações absurdas, sujeitas<br />

mais às condições do emprego, ao humor e às<br />

pretensões dos que escrevem nos jornais. Como<br />

nesse texto citado, bem revelador, onde, mais<br />

uma vez, o alvo parece ser o cineasta, não o<br />

filme.

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