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II - Na Contra-mão 01. Recomeçando a vida A segunda metade dos anos sessenta começou, para mim, com meu casamento e, um ano depois o primeiro filho, Fernando. Eu, ex-futuroengenheiro, ex-militante, penava para ganhar a vida. Com alguns colegas, fizemos um cursinho de preparação ao vestibular. Eu lecionava desenho e física. O cursinho, Albert Einstein foi um sucesso no primeiro ano, apesar dos poucos alunos: todos foram aprovados nos vestibulares. Mas o segundo ano nos mostrou a força da publicidade, do marketing: tivemos pouquíssimas matrículas, tornando o curso inviável. Ramalho nessa época era professor e sócio do Curso Universitário e nossos poucos alunos foram para lá. Nós ficamos com as dívidas do desmonte... Depois foi a Fundação Cinemateca Brasileira. A convite do Rudá de Andrade, eu fui trabalhar lá, fazendo releases para a <strong>Imprensa</strong>. Até que funcionava, eu conseguia colocar nos jornais muitas notícias sobre a Cinemateca. Ali eu conheci o Paulo Emílio Salles Gomes (1916/1977), com quem, aliás, nunca me envolvi muito, 97
98 mesmo quando fomos colegas do corpo docente da ECA (Escola de Comunicações e Artes, da USP), a partir de 68. Ele mesmo, no final dos anos 70, fez um esforço de aproximação, me convidando, junto com o cenógrafo Flávio Império para um jantar em sua casa, com Lygia Fagundes Telles. Apesar de me sentir, usualmente, um tanto oprimido num ambiente social sofisticado, como era o caso, a conversa foi agradável, Paulo Emílio era uma pessoa simpática, do tipo “catedral”, enorme, de muita sabedoria e inteligência. Como conseqüência de meu trabalho na Cinemateca, acabei sendo levado para a SAC, a Sociedade Amigos da Cinemateca, um cineclube que funcionava no Museu de Arte de São Paulo, ainda na Avenida 7 de Abril, no centro de São Paulo. A SAC era uma espécie de linha auxiliar da Cinemateca, levantando dinheiro e promovendo mostras e debates do cinema de todo o mundo, inclusive o cinema brasileiro. Era o principal cineclube de São Paulo, com uma presença muito grande na cultura cinematográfica paulista. Nós fizemos mostras de cinema tcheco, polonês, japonês, sessões de cinema infantil com os fabulosos desenhos e animações dos países do leste europeu. E inúmeros debates sobre o cinema brasileiro.
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João Batista de Andrade Alguma sol
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Alguma solidão e muitas histórias
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Para meus pais, Fernando e Maria (i
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Eram textos que falavam, na verdade
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Partidão, como era conhecido o Par
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modernização dominada por novas f
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150 respeito hierático ao seu sign
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152 A repercussão política dos do
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III - O Reencontro Com Meu País 01
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Um Cineasta na TV “Num dia qualqu
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muitos aos releases oficiais que pa
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Era a periferia desbragada, miséri
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que serviriam para cobrir parte das
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por cento, o que podia ser classifi
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Pessoalmente eu estava super-estabi
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eclamavam da presença de marginais
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apaz. Isso foi o suficiente para qu
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a leitura logo que percebiam o cont
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A pressão sobre meu trabalho era p
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Dra. Sueli e geralmente atendidas p
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depois, com a trágica e, até hoje
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02. O Globo Repórter Depois do tra
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Não era esse exatamente o prato de
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Eu conhecia o Marco Antonio Coelho
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Nogueira. O problema era a proximid
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IV - De volta ao Cinema 01. A Abert
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Quanto aos repórteres que trabalha
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seus horrores: a cara do general-pr
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ça, sua irracionalidade, como uma
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04. A despedida da TV A partir de 1
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cubículo que mal cabia uma pessoa
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A câmera desce, vai até o bar. Eu
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No concurso aberto pela Globo, o Bo
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Para a Globo, a proibição foi um
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Sobre os meus filmes desse “ciclo
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esultado é que a cópia saiu a tem
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IV- De Volta aos Longa-metragens 01
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em aberto, amplo, que tentasse resg
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Nós formulamos a proposta de cria
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Na hora da entrega dos prêmios, o
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Festival. Como se não bastasse, eu
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Dirigindo Antonio Fagundes Irene Ra
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Um momento de afirmação, conflito
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O cinema seguia e segue, mesmo que
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que não era nordestino e sim minei
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Há um momento especialmente engra
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“atestado ideológico” do perso
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04. O PCB e Os Demônios, aliás, A
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Era uma coisa impressionante e eu p
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Nós trabalhamos muito, criando sub
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Eu, apesar de ser radicalmente cont
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(jornalista), Oswaldo Campozana (Dr
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(Consuelo), Alexandre Ribondi (Edua
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fotografia: Carlos Ebert música: M
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Com José Mojica Marins, o Zé do C
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Prêmios Nacionais e Internacionais
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- Melhor Film OCIC/ FestRio 86 (Off
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Jurado no Festival Internacional da
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Créditos das fotografias pág.271
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