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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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política do que estudava. O apelo à justificativa<br />

messiânica não me ajudava muito. Dizer que eu<br />

fazia aquilo em nome da Revolução pegava mal,<br />

eu não tinha coragem de dizer aquilo nem para<br />

mim mesmo.<br />

E, para agravar as coisas, eu não fazia só política.<br />

A Poli, apesar de sua fama de reacionária, era a<br />

escola em que os estudantes mais se organizavam<br />

em todos os setores: esporte, teatro,<br />

cinema. Nós tínhamos o Grêmio Politécnico, mas<br />

o centro de todo o ativismo era a Casa do<br />

Politécnico, para onde eu me mudei no início<br />

de 62, já militante do PCB.<br />

Ali, com alguns colegas, fizemos o jornal literário<br />

de nossa “escola literária písico realista”. Com<br />

Francisco Ramalho Jr, futuro diretor e produtor<br />

de cinema, trabalhei como colaborador do jornal<br />

do Grêmio, de que o Ramalho era editor: O<br />

Politécnico, jornal que passou mesmo a ser conhecido<br />

como “o jornal vermelho”, entre os<br />

estudantes. Primeiro porque a gente conseguia<br />

uma inusitada regularidade de edições do jornal<br />

e também um nível alto de debate político e<br />

cultural. O Politécnico chegou mesmo a ser distribuído<br />

em banca de jornais.<br />

E foi também através do Ramalho que eu me<br />

aproximei do cinema. O Ramalho tinha iniciado<br />

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