AS REGRAS DE CORTESIA E DE CIVILIDADE ... - Portal La Salle
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mais vil morder a aba quando se segura o chapéu em<br />
frente da boca.<br />
As ocasiões em que a pessoa se deve descobrir<br />
e tirar o chapéu são: 1º quando ela se encontra num<br />
lugar em que há pessoas de importância; 2º quando<br />
saúda alguém; 3º quando dá ou recebe alguma coisa; 4º<br />
ao sentar à mesa; 5º ao ouvir pronunciar o santo Nome<br />
de Jesus e de Maria, exceto quando estiver à mesa,<br />
pois então somente deve inclinar a cabeça; 6º quando<br />
estiver diante das pessoas a quem deve muito respeito,<br />
como quando estiver com eclesiásticos, magistrados e<br />
outras pessoas importantes. Diante dessas pessoas é<br />
preciso descobrir-se, mas não é necessário permanecer<br />
descoberto, a menos que se esteja numa situação muito<br />
inferior. Também é preciso descobrir-se diante de<br />
todas as pessoas que são superiores e não voltar a se<br />
cobrir antes de receber a ordem de fazê-lo; mas depois<br />
de se ter coberto não se deve tirar o chapéu cada vez<br />
que se diz ou se faz alguma coisa, isto seria importuno<br />
e incômodo para as pessoas a quem se fala, bem como<br />
para a pessoa que fala.<br />
Contra a boa educação é tirar o chapéu quando<br />
alguém está à mesa, exceto quando aparecesse alguma<br />
pessoa que merece muita consideração.<br />
Contudo, se alguma pessoa de alta qualidade<br />
bebe à saúde de alguém ou lhe apresenta alguma coisa,<br />
aquele a quem ela se dirige deve se descobrir. Se à<br />
mesa estiver alguma pessoa de alta qualidade que<br />
esteja sem chapéu para estar à vontade, não se deve<br />
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imitá-la; isto seria demasiado familiar, sempre se deve<br />
permanecer coberto.<br />
Quando alguém nos fala descoberto,<br />
ordinariamente sempre se deve dizer-lhe que se cubra<br />
caso formos superior a ele. Pode-se então dizer: Cubrase,<br />
meu Senhor. Esta maneira de falar contudo somente<br />
é permitida com pessoas que estão muito abaixo da<br />
nossa condição.<br />
Pedir que uma pessoa acima de nossa condição<br />
se cubra é uma grande falta de cortesia. Isto se pode<br />
fazer bem com pessoas familiares e que são de igual<br />
condição que a nossa; mas que não seja em forma de<br />
ordem nem feito com palavras de quem manda. Devese<br />
fazê-lo quer por sinal e se cobrir também ao mesmo<br />
tempo ou por um algum circunlóquio, dizendo, por<br />
exemplo: o senhor poderia ficar doente com a cabeça<br />
descoberta, ou usar palavras familiares, se se está com<br />
algum amigo, como estas: Você não vai querer que<br />
ponhamos o chapéu?<br />
ARTIGO IV<br />
Do manto, das luvas, das meias e dos sapatos,<br />
da camisa e da gravata.<br />
A cortesia exige que se vista o manto sobre os<br />
dois ombros e que não fique pendendo pela frente e<br />
não arregaçado sobre o braço. Ainda mais descortês é<br />
dobrá-lo debaixo do cotovelo; e a cortesia pede que<br />
seja usado à mesa.<br />
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