AS REGRAS DE CORTESIA E DE CIVILIDADE ... - Portal La Salle
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que não poucas pessoas usam com freqüência por não<br />
prestarem bastante atenção a sua maneira de falar, por<br />
exemplo, seria muito mal dizer: Tire o cavalo da<br />
cocheira. Deve-se dizer: Faça sair este cavalo da<br />
cocheira.<br />
Ao contar alguma história ou ao prestar contas<br />
de uma missão, é preciso abster-se de certos termos<br />
ridículos e totalmente inúteis, como seria dizer: Isto<br />
disse ele; isto disse ela; ou: Isto; o homem, ele me<br />
disse assim, etc.<br />
Falta de educação e até chocante é dizer a<br />
alguém: "Você faltou a sua palavra; você me enganou".<br />
Convém expressar-se de outro modo que seja mais<br />
educado, por exemplo, dizendo: "Pelo jeito, meu<br />
senhor, sem dúvida, o senhor não se lembrou bem", ou<br />
"Quem sabe, o senhor não pode fazer aquilo pelo qual<br />
me fez esperar".<br />
Também enorme falta de cortesia é dizer,<br />
depois que uma pessoa falou: "Se é verdade o que o<br />
senhor disse, então estamos mal"; ou "Se o que o<br />
senhor F. disse é verdade, não temos mais motivo de<br />
nos admirar", etc.<br />
É um desmentido honesto. Nunca se deve<br />
manifestar que se duvida do que uma pessoa disse. A<br />
cortesia quer que se diga: "Pelo que o senhor disse,<br />
estamos mal"; ou "O que o senhor F. disse, revela<br />
que…", etc.<br />
Outra maneira muito ruim de falar é dizer:<br />
Você não está falando sério ao dizer isto. Também não<br />
é melhor dizer, como fazem alguns a modo de elogio:<br />
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Você não está fazendo troça ao me tratar assim. Este<br />
modo de falar é ofensivo, porque nunca se deve supor<br />
numa pessoa honesta que ela está fazendo troça: devese<br />
fazer uma outra construção do período, assim: Dizer<br />
isto seria fazer troça, etc.<br />
Nunca é permitido falar a alguém de maneira<br />
imperiosa, a não ser que seja de condição muito<br />
inferior. Estas maneiras de falar, que cheiram a<br />
dominação, são insuportáveis e nunca podem ser<br />
usadas por uma pessoa que tem um pouquinho de<br />
educação. Por isso, em vez de usar estes modos de<br />
falar que manifestam um mandamento, como: Vai!<br />
Vem! Faze isto! É melhor usar circunlóquios, dizendo,<br />
por exemplo: Você não gostaria de ir? Não sei se você<br />
vai achar bem. Permita-me, senhor, que lhe peça. Será<br />
que eu poderia esperar este benefício? etc. com pessoas<br />
de condição muito inferior pode-se dizer<br />
educadamente: Você poderia me dar este prazer? Eu<br />
ficaria muito agradecido, se você se desse a pena de,<br />
etc. Todas estas são maneiras de falar exigidas pela<br />
honestidade, com aqueles de cujos serviços temos<br />
precisão.<br />
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