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AS REGRAS DE CORTESIA E DE CIVILIDADE ... - Portal La Salle

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usar muitas expressões de admiração e elogios<br />

extraordinários, como procedem alguns. Isto seria<br />

manifestar que se tem opinião menos favorável para<br />

com a pessoa a quem pertence a coisa, ou que nunca se<br />

viu nada, ou que não se entende nada acerca do valor<br />

das coisas. Contudo não se deve ficar completamente<br />

indiferente quando a coisa é digna de estima, porque<br />

nisso se deve ao mesmo tempo ser modesto e justo.<br />

Quando se mostra alguma coisa a um grupo de<br />

pessoas, não convém se apressar para ser o primeiro<br />

nos elogios, mas aguardar que a pessoa mais<br />

importante do grupo tenha expressado sua opinião;<br />

pois então é cortês dizer simplesmente o elogio, sem<br />

exageros.<br />

O mesmo se deve fazer em qualquer outra<br />

ocasião quando se está na obrigação de avaliar alguma<br />

coisa ou alguma ação, mas sem empregar para isso<br />

grandes exclamações gritando para tudo o que se está<br />

vendo: Oh! Como é bonito; Oh! Como é admirável,<br />

especialmente quando se está na presença de uma<br />

pessoa a quem se deve muito respeito e antes que essa<br />

pessoa tenha feito seu julgamento; isto seria atribuir-se<br />

muita importância e faltar de respeito.<br />

Lisonjear é falar bem de alguém sem motivo ou<br />

dizer muito mais do que há motivo, só para agradar ou<br />

por interesse próprio. Agir assim é uma covardia e<br />

sempre é em detrimento do lisonjeado quando o<br />

permite, pois manifesta ter pouco bom senso e muita<br />

presunção suportar que os outros o lisonjeiem por<br />

179<br />

coisas que ele, como cristão e como pessoa razoável,<br />

não pode se atribuir.<br />

ARTIGO IV<br />

Da maneira de perguntar, de se informar,<br />

de repreender e de opinar<br />

É uma grande falta de civilidade interrogar e<br />

fazer perguntas a uma pessoa a que se deve ter<br />

consideração e mesmo a qualquer pessoa que seja, a<br />

menos que ela nos seja muito inferior e que dependa de<br />

nós ou que nós estejamos obrigados a fazer que fale.<br />

Nesse caso deve-se fazer as perguntas de modo muito<br />

educado com muita circunspeção.<br />

Quando se quer saber alguma coisa acerca de<br />

uma pessoa a que se deve respeito, é de cortesia falarlhe<br />

de maneira que ela seja obrigada a responder ao<br />

que se lhe pergunta, sem o interrogar, porém. Se, por<br />

exemplo, se quer saber se uma pessoa vai sair para o<br />

interior ou a qualquer lugar, seria muito incivil e contra<br />

o respeito dizer-lhe: O senhor vai para o interior? Isto é<br />

chocante e familiar demais; seria preciso usar alguma<br />

linguagem como esta: Pelo jeito, o senhor está indo<br />

para o interior, ou, para tal lugar? Este torneio de frase<br />

não tem nada de ofensivo, além da curiosidade,<br />

escusável, quando feita com respeito.<br />

Também é falta de educação dizer a uma pessoa<br />

com quem se está falando: "Esta me entendendo bem?"<br />

ou "Você está me compreendendo?" ou "Não sei, se<br />

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