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AS REGRAS DE CORTESIA E DE CIVILIDADE ... - Portal La Salle

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ainda aconselha o mesmo, para nunca contradizer de<br />

forma alguma a palavra da verdade 89 . Por isso, quando<br />

não se conhece bem alguma coisa, sempre se deve<br />

tomar o partido de calar e escutar os outros.<br />

Quando se está numa conversa em que se<br />

discute, como ordinariamente acontece nas escolas, é<br />

preciso escutar com atenção o que os outros dizem; e<br />

se formos instados ou obrigados a falar, podemos dizer<br />

nossa opinião sobre o problema, assunto da discussão;<br />

contudo, se não o conhecemos, não devemos ter<br />

vergonha de nos escusar de falar.<br />

Se acreditamos que a opinião proposta é<br />

verdadeira, deve-se mantê-la, mas que seja com<br />

moderação tal que a pessoa com que se discute ceda<br />

sem dificuldade. Se as razões que os outros alegam<br />

fazem concluir que estamos no erro, não devemos<br />

obstinar-nos a manter uma causa errada, mas devemos<br />

de boa mente ser os primeiros a nos condenar. Esta é a<br />

maneira de sair honrado.<br />

Quando se está assim na discussão, não se pode<br />

querer levar a melhor; basta propor a própria opinião e<br />

apoiá-la com bons argumentos, e se deve ter essa<br />

condescendência para com os outros de seguir a<br />

opinião deles quando seu número é maior.<br />

89 Eclo 4, 30<br />

185<br />

Não é educado contradizer alguém, a não ser<br />

que seja uma pessoa de condição muito abaixo da<br />

nossa quem afirma coisas fora de propósito e que, por<br />

causa das conseqüências delas se esteja na obrigação<br />

de dizer o contrário do que ela afirmou. Mesmo assim,<br />

seria preciso fazê-lo com tanta gentileza e honestidade<br />

que a pessoa contradita seja forçada a expressar sua<br />

gratidão.<br />

É muito incivil interromper uma pessoa que fala<br />

perguntando, por exemplo, Quem é este? Quem é que<br />

disse ou fez isto? Essa interrupção é ainda muito mais<br />

descortês quando quem fala utiliza termos que<br />

encobrem o pensamento.<br />

Também é uma grosseria chocante interromper<br />

a quem narra alguma coisa para o dizer melhor; e não é<br />

outra menor, quando um outro começou a narrar uma<br />

historia, dizer que já sabe o que vai contar, e, se não a<br />

conta corretamente, rir-se dele e dar-lhe motivo de se<br />

ofender seriamente, sorrir para manifestar que o que<br />

ele disse não foi assim. É uma vergonha dizer: Eu<br />

garanto que isto não é assim. Este modo de falar é<br />

absolutamente grosseiro e descortês e só pode vir de<br />

uma pessoa mal educada.<br />

Se durante a conversação alguém se engana ao<br />

falar, a ninguém e permitido manifestá-lo a ele; como,<br />

por exemplo, se ele trocar o nome de um homem ou de<br />

uma cidade por outro, deve-se aguardar que o orador se<br />

corrija a si mesmo ou ofereça uma ocasião de falar<br />

sobre o seu assunto. Neste caso é preciso retificar sem<br />

afetação por receio de o magoar.<br />

186

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