D - PEREIRA, LUIS FERNANDO LOPES.pdf - Universidade Federal ...
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Keinert. M Esta visão reducionista, impregnada pelo<br />
marxismo vulgar, esquece a dimensão estética da arte<br />
gue, além de se comunicar de uma maneira mais eficaz<br />
por sua linguagem visual, ainda são extremamente<br />
valiosas para a construção de novos princípios de<br />
realidade, que transcendem a realidade dada. É o<br />
potencial revolucionário da obra de arte 55 que o<br />
marxismo ortodoxo esquece, caracterizando o paranismo<br />
como a base ideológica na construção da unidade<br />
territorial do estado que era economicamente<br />
interessante à elite dominante da época.Por ser um<br />
movimento ligado à cultura, faria parte da estrutura<br />
não material da sociedade, donde pela relação infra-<br />
supra estrutura, dependeria, seria determinada, ainda<br />
que em última instância, pela produção material da<br />
sociedade.Mesmo a autonomia relativa da cultura<br />
proposta por Gramsci acaba fazendo tal tipo de<br />
reducionismo.<br />
Esta interpretação rígida desqualifica o<br />
Movimento Paranista, e reduz a sua função política, à<br />
medida em que o mesmo é simplificado como sendo mero<br />
reflexo da consciência de classe, no caso, da classe<br />
dominante.Tal visão encara a arte como sendo<br />
determinada pelas forças produtivas da sociedade,<br />
esquecendo-se de seu papel transformador e<br />
54 KEINERT, Ruben César. Regionalismo e anti-regionalismo no Paraná. São<br />
Paulo, 1978.Dissertação, Mestrado, USP.<br />
55 MARCUSE, Herbert. La dimension esthétique; pour une critique de<br />
l'esthétique marxiste. Paris:Seuil, 1977.<br />
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