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D - PEREIRA, LUIS FERNANDO LOPES.pdf - Universidade Federal ...

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seria o paranaense jacobino e chauvinista destas<br />

plagas. 11<br />

O fato é que o termo aparece pela primeira vez<br />

em 1906, referindo-se ao natural do Paraná, aquele<br />

tomado de amor pelo Estado. Com a mesma significação o<br />

temo volta a aparecer em um conto de Waldomiro Silveira<br />

intitulado Desespero de Amor, que encerra o livro Os<br />

Caboclos do mesmo autor, publicado em 1915 , onde o<br />

mesmo aparece em um trecho em que o personagem Chico Só<br />

tentava conter um animal (burro) de Guarapuava quando<br />

foi aconselhado por seu companheiro que afirmou Não é<br />

por desfazer na sua destreza, seo Chico, mas contanto<br />

que este burro paranista vai dar trabalho 12 ; ao final o<br />

autor acrescenta a definição de paranista: o natural do<br />

Estado do Paraná.<br />

Dentre todas as explicações a respeito do<br />

surgimento do vocábulo damos preferência ao relato do<br />

próprio Romário Martins,<br />

Quem introduziu êsse vocábulo entre nós foi Domingos Nascimento, em 1906, ao regressar de uma viagem ao norte do<br />

Estado, onde notara que ninguém os chamava paranaenses e sim paranistas. A palavra nascera ali expontaneamente. A<br />

população das nossas terras do setentrião, na sua quasi unanimidade, constituída de paulistas, e estes, por natural<br />

aproximação com o nome dado aos naturais do seu Estado, designavam os paranaenses de paranistas. Domingos<br />

Nascimento, poeta de rara sensibilidade artística, paranaense cem por cento, nativo da terra dos lírios bravos, -viuna<br />

palavra não somente a beleza mas também que no sufixo ista encerrava significação de cultor de alguma coisa: - de<br />

paranaense devotado, defensor de sua terra por exemplo. 13<br />

Desde então o próprio Romário Martins confessa<br />

sua simpatia pelo termo o que pode ser explicado pelo<br />

"MARTINS, Romário. Paranistica. A Divulgação. Curitiba, fev. mar.1946.p.90-<br />

94 .<br />

12 SILVEIRA, Waldomiro.Desesperode Amor. in: Os caboclos.São Paulo:Monteiro<br />

Lobato & Cia, 1920.<br />

13 MARTINS, Romário, op. cit. p.90-94.<br />

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