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Do amanhecer ao pr-do-sol - Igreja Metodista de Vila Isabel

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que apenas agora, após meses <strong>de</strong> tratamento e <strong>de</strong><br />

contínuos exames, o médico consi<strong>de</strong>rou-me<br />

restabeleci<strong>do</strong>. Tornei, por conseguinte, a sorrir satisfeito.<br />

Precisei, no entanto, trabalhar sacrificialmente. É este<br />

o <strong>pr</strong>eço <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is últimos livros <strong>pr</strong>oduzi<strong>do</strong>s: Os Cristãos-<br />

Novos em Minas Gerais durante o Ciclo <strong>do</strong> Ouro e A<br />

Capitania <strong>do</strong> Espírito Santo e seus Engenhos <strong>de</strong> Açúcar.<br />

Acrescento, contu<strong>do</strong>, que o pior consistiu em <strong>pr</strong>ocurar<br />

editor para os manuscritos, quase que em vão. Procurei<br />

livreiros, comerciantes, industriais, editores, além <strong>de</strong><br />

outros, mas to<strong>do</strong>s se escusavam <strong>de</strong> igual mo<strong>do</strong>, dizen<strong>do</strong>:<br />

não po<strong>de</strong>mos. Realmente, nosso país vivia uma crise<br />

terrível. Até que, por fim, a Livraria Pioneira, minha velha<br />

colabora<strong>do</strong>ra e o Instituto <strong>Metodista</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior,<br />

<strong>de</strong> São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo, se <strong>pr</strong>ontificaram a publicar o<br />

<strong>pr</strong>imeiro, e a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Espírito Santo, o<br />

último, após uma longa espera (1994). To<strong>do</strong>s com boa<br />

aceitação, graças <strong>ao</strong> conteú<strong>do</strong> e à composição gráfica.<br />

É bem verda<strong>de</strong> que um mal nunca vem só. Visan<strong>do</strong><br />

aten<strong>de</strong>r a amigos que me <strong>sol</strong>icitavam, re<strong>sol</strong>vi escrever a<br />

minha autobiografia. Lancei, pois, mãos à obra. Todavia,<br />

assim que me pus a concretizar a idéia, eis que uma<br />

peça da máquina <strong>de</strong> datilografia se quebrou e não houve<br />

como consertá-la. O <strong>pr</strong>oblema foi <strong>sol</strong>uciona<strong>do</strong> quan<strong>do</strong><br />

com<strong>pr</strong>ei uma Olivetti Colege, nas Casas Bahia, em duas<br />

<strong>pr</strong>estações. O caminho ficou livre para escrever<br />

<strong>de</strong>sembaraçadamente outra vez.<br />

Redigi, <strong>ao</strong> to<strong>do</strong>, cerca <strong>de</strong> cem páginas. Resta-me<br />

agora encontrar um novo publicista, salvo o caso <strong>de</strong> eu<br />

<strong>pr</strong>ó<strong>pr</strong>io assumir a obrigação. Costumo eu mesmo bater<br />

os meu escritos, porque o critério permite-me repensar à<br />

medida que vou datilografan<strong>do</strong> o trabalho. Igualmente<br />

suce<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> respon<strong>do</strong> a correspondência que recebo;<br />

aliás, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> fazê-lo à mão por ser<br />

mais <strong>pr</strong>ático, embora menos diplomático. No momento,<br />

estou lembra<strong>do</strong> que <strong>de</strong>vo resposta <strong>ao</strong> <strong>pr</strong>imo Alamiro<br />

Vellu<strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r, resi<strong>de</strong>nte em Ribeirão Preto. Suponhoo<br />

<strong>do</strong>ente, pois há meses não me escreve.<br />

Em tu<strong>do</strong> <strong>pr</strong>ocuro repartir as obrigações com a Anídia<br />

e nos damos bem. Ela, inclusive, ajuda-me nas revisões<br />

da correspondência e nos <strong>de</strong>mais escritos. Enfim, muitos<br />

são os com<strong>pr</strong>omissos a aten<strong>de</strong>r, tais como: visitas,<br />

reuniões, convites, contas a pagar e a receber, e assim<br />

por diante. Às vezes, aparecem coisas inesperadas, a<br />

exemplo da concessão <strong>do</strong> título honroso <strong>de</strong> “Cidadão<br />

São-Bernar<strong>de</strong>nse”, com que me brin<strong>do</strong>u a Câmara <strong>do</strong><br />

Município. A entrega efetuou-se no dia 13 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 1993, às 20 horas, no salão oficial da mesma,<br />

achan<strong>do</strong>-se <strong>pr</strong>esentes autorida<strong>de</strong>s civis, escolares e<br />

religiosas. Os pastores evangélicos e suas congregações<br />

ali tiveram lugar, pois comemorava-se o Dia da Bíblia. Eu<br />

<strong>pr</strong>ecisei falar também. Minhas filhas, a Anídia, e alguns<br />

familiares tomaram parte igualmente. O ambiente foi <strong>de</strong><br />

festa. Ouviram-se hinos sacros e cívicos.<br />

<strong>Do</strong>is outros eventos aconteceram no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>stes<br />

anos, afetan<strong>do</strong> os brasileiros. Refiro-me <strong>ao</strong> trágico<br />

aci<strong>de</strong>nte com o corre<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Fórmula-1, Ayrton Senna, em<br />

1º <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1994. Era um jovem muito queri<strong>do</strong> no País,<br />

graças às vitórias que conquistara antes, alegran<strong>do</strong> a<br />

toda gente, crianças e adultos. Sua morte foi instantânea,<br />

causan<strong>do</strong> as mais diversas conjecturas. Aguar<strong>do</strong>u-se a<br />

palavra oficial por muito tempo. O corpo veio então para<br />

São Paulo, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> a família. Passou a noite na<br />

Assembléia Legislativa, sen<strong>do</strong> leva<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois para o<br />

cemitério, acompanha<strong>do</strong> pelo maior cortejo que já se viu<br />

nesta Capital. Também, jamais se <strong>de</strong>rramaram tantas

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