0 Carvão numa economia nacional - Repositório Aberto da ...

POttTTTKAI, NO TEMPO DO CARVÃO
de fundo para que se preferisse o estrangeiro, sobretudo inglês. São ainda do engenheiro
Henrique Peyssonneau as seguintes palavras:
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Todos nós sabemos o que temos sobre carvões minerais, ou melhor, todos sabemos que não
sabemos o que temos. Na realidade, somente S. Pedro da Cova se encontra num estado de exploração em
que é permitido ter confiança nos números calculados para a existência de antracite(...). Sobre o Cabo
Mondego; sobre a extensa região de linhites do Centro Oeste - Soure, Óbidos, Rio Maior - sobre a turfa de
Setúbal, e a hulha de Santa Susana, não há mais que estimativas de existência, interessantes sem duvida,
mas que naô permitem senão devaneios acerca do que poderia ser dentro de umas dezenas de anos, por
exemplo, a exploração de tal ou tal jazigo, ou do seu conjunto. 225
Estamos convencidos que o atraso na prospecção e na própria exploração mineira
continuavam a ser devidos a uma questão de facilidade de importação e, naturalmente, aos
preços que eram muito mais competitivos, para além da superior qualidade do carvão. Em
1925, num artigo da Revista de Obras Publicas podia-se 1er:
Pobre é o subsolo portuguez em combustíveis por isso que os sedimentos da Mezeta Ibérica são de
origem marinha, constituindo um núcleo continental individualizado desde os fins dos tempos primários e
que, na maioria dos tempos geológicos, os mares secundários apenas tocaram nos seus bordos. Somente na
parte superior do primário aparecem as formações de água doce e se estabelece, sobretudo na zona ocidental
da Mezeta, um regimen de pequenos lagos e pântanos em que se acumularam os restos de vegetais formando
depósitos de carvão, Depois, no secundário e terciário, é que novas jazidas de carvões tiveram logar 226
Os transportes continuariam a ser o grande obstáculo à comercialização dos
nossos carvões que desde o século passado assistiam ao aperfeiçoamento das técnicas para a
sua melhor uutilização.
Op. Cit. p. 28.
Dos Carvões Portugueses. Revista De Obras Publicas e Minas. (Maio 1925), pl6.