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T>A BACIA CARBONÍFERA DO DOURO AO COUTO MINEIRO DO PEJÀO 338 Temos empregado todos os esforços que em nossas forças cabem para a resolução do complexo problema da utilisação industrial das nossas antrhacites nacionaes pela sua transformação ou inversão em agglomerados, havendo-se radicado no nosso espirito a convicção da possibilidade da implantação d'essa industria entre nós, convencidos que d'ahi advirão surpreendentes elementos de progresso para o paiz, pela . . . . . . 83 valorisação de productos abundantíssimos somente aproveitáveis pela aglutinação. Se a fabrica do Pejão, "levantada perto da margem do Douro no sitio em que o caminho de ferro da mina se une ao plano inclinado que desce ao cães de embarque" , produzia com o auxílio de uma máquina a vapor com a força de 40 cavallos" 15.000 toneladas por ano "ou 50 toneladas por dia em 10 horas de trabalho 1 ', a nova fábrica da Afurada 86 passaria a assegurar "25.000 toneladas por anno, e que n'um espaço de dois mexes poderá duplicar a sua produção 1 ', mas a se o favor dos industriaes e dos poderes públicos a isso nos animarem . A fábrica iniciava-se com "35 operários dos quaes 8 mulheres, que trabalham todo o anno", havendo necessidade de se contratar para as descargas "extraordinariamente mais trinta mulheres, das quaes cada uma carrega por dia em media 4 toneladas n'uma distancia de 25 metros, que é a largura da faxa de terreno entre o Douro e a fabrica". 83 Ibidem, p. 680. Mais propriamente em Germunde. MONTEIRO, Severiano; BARATA, Augusto - Op. cit., p. 297-298. Temos dificuldade em precisar rigorosamente o ano da sua inauguração, pois se o Inquérito Industrial de 1890 nos refere que "A fabricação na Aforada começou a 6 de Fevereiro de 1890", parece contradizer-se quando nos diz que "N'este mesmo armo de 1889 montou-se a fabrica de briquetes da Aforada no Porto, que se acha n'este momento funccionando regularmente, se bem que em um período de experiências ainda, e cujos productos parecem ter grangeado a approvação dos industriaes portuenses". Uma coisa é clara, a de que a fábrica da Aforada sucede à fábrica do Pejão que deve ter cessado a sua actividade no decurso de 1888 - Inquérito Industrial de 1890, Vol. 1, p. 7. 7 Inquérito Industrial de 1890, Vol. IV, p. 682. Inquérito Industrial de 1890, Vol. I, p. 9.
DA «APIA CARBONÍFERA DO DOURO AO COUTO MINEIRO DO PEJÃO 339 A fotografia que a seguir publicamos, mostra-nos o que sobra da fábrica de briquetes," ainda hoje pertença da E.C.D.Ld. 3 , e que nos fins do século se tornaram a "embaixada" das minas do Pejão para a cidade do Porto e todas as demais regiões do país. Eis o que resta do "complexo" industrial dos briquetes "pejão" da Afurada: Os salários, excluídos os das trinta mulheres que recebiam proporcionalmente ao número de toneladas que descarregavam, 90 oscilavam entre um máximo e um mínimo e eram pagos quinzenalmente: A fábrica de briquetes voltou depois novamente para Germunde e daqui para Campanhã, onde foi construída em meados do nosso século, cerca de 200 metros a montante da ponte do Freixo, sendo agora adquirida pela Câmara Municipal do Porto que procede às obras necessárias para a instalação do museu da imprensa.
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