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DA BACIA CARBONÍFERA DO DOURO AO COUTO MINEIRO DO PEJÀO
fabricação de briquetes que mais tarde se transportará para o Porto, entendemos mostrar
como se produziam nos fins do século:
N'este estabelecimento a antrhacite reduzida a pó por meio de um triturador, sistema Carr, é
misturada com uma percentagem variável de hulha bituminosa e breu mineral seco. O producto assim
formado é elevado por uma noria a um forno de rotação onde o breu soffire um princípio de fusão,
continuando-se n'este apparelho a mistura dos diversos elementos.
A massa é depois transportada por um parafuso helicoidal a um maxaleur, aquecido pelo vapor
onde se completa a mistura intima do producto. D'esté apparelho cáe a massa directamente nos moldes
prismáticos da prensa Coffineall, onde é submetida a uma pressão media de 150 atmospheras por centímetro
quadrado, sendo formados os briquetes que são mechanicamente transportados por uma correia sem fim até
aos depósitos.
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Estes apparellos são movidos por uma machina de vapor com a força de 40 cavallos.
Covém realçar que em 1877, o eng.° Frederico Augusto de Vasconcelos, então
proprietário da mina, tendo em conta a friabilidade dos carvões do Pejão e o exemplo dos
países europeus, como a Inglaterra, França e Bélgica, que aproveitavam "o carvão miúdo,
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que ainda ha bem poucos anos era deixado nas minas sugena que:
Para o emprego dos carvões friáveis e terrosos do Pejão nos usos domésticos, no cozimento de
tijolos, e mesmo nos geradores de vapor fixos que já abundam no Porto, bastaria adoptar qualquer dos
processos mais económicos como a agglomeração por meio de argilla, ou a a agglomeração por meio da cal e
dos cimentos calcareos, que parece preferível por diversas razões, e de que foi concedido um privilégio de
invenção em Portugal. (...) Para o carvão terroso do Pejão poder ser applicado com vantagem á navegação e
ás vias férreas, seria conveniente adoptar um processo de agglomeração, que lhe augmentasse a
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combustibilidade.
73 A fábrica entrou em funcionamento não no Porto, mas na Aforada, no dia 6 de Fevereiro de 1890, Cfr.
Inquérito Industrial de 1890, Vol. I, p. 8.
74 MONTEIRO, Severiano; BARATA, Augusto - Op. cit., p. 298.
75 VASCONCELLOS, Frederico Augusto de - Op. cit, p.303.
76 VASCONCELOS, Frederico Augusto de - Op.cit, p.303-305.
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