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AS GRANDES QUESTÕES MINEIRAS 58<br />

de exploração mineira. De certeza, salientamos os permanentes atritos entre as<br />

administrações <strong>da</strong> Intendência e a Direcção <strong>da</strong> Fábrica <strong>da</strong>s Se<strong>da</strong>s que em 1824 teceu as<br />

mais duras críticas, não só ao administrador actual, mas também a to<strong>da</strong> a administração<br />

anterior. Ninguém escapou. Acusados, eram de imediato os dois anteriores<br />

administradores, Bonifácio de Andrade e Alexandre Vandelli, de nunca terem cumprido<br />

as determinações do Decreto de 4 de Maio de 1804 nem quaisquer outras que se lhe<br />

seguiram "á cerca <strong>da</strong> dita Administração, persistindo sempre em administrallas como elles<br />

querido...sem nunca <strong>da</strong>rem contas". E, do mesmo, era agora acusado o novo administrador a<br />

quem refutavam a acusação de ter a Intendência <strong>da</strong>s Minas ficado "de mãos ata<strong>da</strong>s por causa<br />

<strong>da</strong> authori<strong>da</strong>de que esta Direcção tem querido exercer e procurava de extender sobre ellas que o seu<br />

antecessor e depois o aju<strong>da</strong>nte...experimentarão impedimentos e opposições deste lado 1 '. Na<br />

mesma "consulta", podemos testemunhar as más relações existentes entre os dois<br />

organismos, pelo que a par de factores externos há, assim, os internos, uns e outros<br />

responsáveis pelo atraso mineiro desta primeira metade do século. Façamos uma pequena<br />

ideia desse relacionamento:<br />

Consulta de 3 de Novembro de 1824 dirigi<strong>da</strong> ao Rei, D. João VI, pela Direcção <strong>da</strong> Fábrica <strong>da</strong>s Se<strong>da</strong>s,<br />

onde, entre várias queixas e acusações sobre as administrações passa<strong>da</strong>s, acusa veementemente o novo<br />

Intendente, o Barão d' Eschwege, por não lhe apresentar as contas do organismo a que preside<br />

e continuar a recusá-lo fazer, conforme o Aviso <strong>da</strong> Secretaria de Estado dos Negócios do Reyno de 7 de<br />

Agosto de 1824, organismo de quem passou a depender a administração mineira: "...Ordenou Vossa<br />

Magestade ao dito Intendente, que no fim de ca<strong>da</strong> trez mezes desse as suas contas nesta Direcção á<br />

qual ...havia por bem incumbir desta fiscalização". JOYCE, Pedro - Op. cit. p. 91. Refira-se que por um<br />

diploma de 21 de Julho de 1824, a administração <strong>da</strong>s Minas deixou de estar dependente <strong>da</strong> Direcção <strong>da</strong><br />

Real Fábrica <strong>da</strong>s Se<strong>da</strong>s e Obras <strong>da</strong>s Águas Livres e transitou para a Secretaria dos Negócios do Reino.<br />

Guilherme Barão d'Eschwege.<br />

Idem, Ibidem, p. 96.<br />

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