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Estudo de Caso da Bacia Hidrografica do Rio Passauna - ppgerha ...

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10<br />

multidimensional, atrofian<strong>do</strong> assim as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreensão e reflexão sobre este<br />

<strong>de</strong>sequilíbrio (MORIN, 2004).<br />

Acreditava-se que a redução <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> em um sistema mecânico, basea<strong>do</strong> em<br />

objetos separa<strong>do</strong>s, e a simplificação <strong>de</strong>ste sistema em componentes materiais<br />

fun<strong>da</strong>mentais, com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e interações, seria suficiente para<br />

<strong>de</strong>terminar a completu<strong>de</strong> <strong>do</strong>s fenômenos naturais. Esta concepção, primeiramente aplica<strong>da</strong><br />

ao universo, foi estendi<strong>da</strong> aos organismos vivos, e por meio <strong>de</strong>ssa visão ocorreu a<br />

fragmentação <strong>da</strong>s disciplinas acadêmicas, que serviu como fun<strong>da</strong>mento lógico para o<br />

tratamento <strong>do</strong> ambiente natural como se ele fosse forma<strong>do</strong> por peças separa<strong>da</strong>s a serem<br />

explora<strong>da</strong>s por diferentes grupos <strong>de</strong> interesse. Concepção que pre<strong>do</strong>minou nos séculos XVII,<br />

XVIII e XIX (CAPRA, 1997).<br />

Assim, outras ciências acolheram o ponto <strong>de</strong> vista mecanicista e<br />

reducionista <strong>da</strong> física clássica como a <strong>de</strong>scrição correta <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-os como mo<strong>de</strong>los para suas próprias teorias. [...] Essa atitu<strong>de</strong>,<br />

conheci<strong>da</strong> como reducionismo, ficou tão profun<strong>da</strong>mente arraiga<strong>da</strong> em<br />

nossa cultura, que tem si<strong>do</strong> freqüentemente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> como méto<strong>do</strong><br />

científico. (CAPRA, 1997)<br />

A ênfase <strong>da</strong><strong>da</strong> ao méto<strong>do</strong> científico como única abor<strong>da</strong>gem váli<strong>da</strong> <strong>do</strong> conhecimento,<br />

e ao pensamento racional está sintetiza<strong>da</strong> no enuncia<strong>do</strong> <strong>de</strong> Descartes, “Cogito, ergo sum” –<br />

“Penso, logo existo”. Esta lógica colocou a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> pessoal como representação <strong>da</strong> mente<br />

racional e não como a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> organismo, o que influenciou na divisão entre mente e<br />

corpo, na qual o corpo, e consequentemente os senti<strong>do</strong>s, não são utiliza<strong>do</strong>s como agentes<br />

<strong>do</strong> conhecimento, situação que influiu para o <strong>de</strong>sligamento entre homem e ambiente<br />

(CAPRA, 1997).<br />

As características, relações e inter-relações foram excluí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> seus componentes<br />

formativos, o que impossibilitou uma visão intrínseca <strong>da</strong> re<strong>de</strong> sistêmica, como também o<br />

contato <strong>do</strong> ser humano com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> complexa que o circun<strong>da</strong>. A aptidão natural para<br />

integrar e contextualizar os saberes foi perdi<strong>da</strong>, consequentemente a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> para pensar

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