Estudo de Caso da Bacia Hidrografica do Rio Passauna - ppgerha ...
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e propor soluções para os problemas que a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> enfrenta foi diminuí<strong>da</strong>. Separou-se<br />
homem e natureza, mente e corpo, objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (BRANDÃO, 2003).<br />
A divisão <strong>do</strong> conhecimento em disciplinas ocorri<strong>da</strong> no século XIX com a formação <strong>da</strong>s<br />
universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas instituiu a divisão e especialização <strong>do</strong> trabalho, representa<strong>da</strong> pela<br />
diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas que as ciências abrangem, ca<strong>da</strong> qual com sua linguagem, técnica,<br />
teorias e fronteiras, o que consequentemente criou uma autonomia <strong>de</strong> ação. Característica<br />
que se <strong>de</strong>senvolveu a partir <strong>do</strong> século XX, com o impulso <strong>da</strong><strong>do</strong> à pesquisa científica. Assim, a<br />
disciplina fornece a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> competência que fun<strong>da</strong>menta o<br />
conhecimento, sem o qual este se tornaria intangível. No entanto, esta especificação<br />
acarreta um risco <strong>de</strong> hiperespecialização, ou especialização que se fecha em si, que impe<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ver o global e dilui o essencial. Esta história está inscrita na <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>, que, por sua<br />
vez, está inscrita na história <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> (MORIN, 2004).<br />
O incipiente méto<strong>do</strong> científico incluía os seguintes supostos: o sistema <strong>da</strong><br />
natureza podia ser dividi<strong>do</strong> em componentes isola<strong>do</strong>s quase estáveis, e os<br />
objetos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> podiam ser separa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sujeito que os estu<strong>da</strong>va. Disso<br />
resultaram uma ciência dividi<strong>da</strong> em disciplinas (a base <strong>do</strong> sistema<br />
universitário) e o mito <strong>de</strong> uma ciência neutra, livre <strong>de</strong> valores, que legitima<br />
os especialistas. (FUNTOWICZ; MARCHI, 2003)<br />
Segun<strong>do</strong> Kuhn (1989), o paradigma mecanicista produziu uma compreensão que<br />
talvez não pu<strong>de</strong>sse ser alcança<strong>da</strong> <strong>de</strong> outra maneira, porém isso não garante sua<br />
postergação. O autor cita o exemplo <strong>de</strong> pesquisas em diversos setores como Filosofia,<br />
Psicologia, Lingüística, que convergem em uma mesma sugestão: a <strong>de</strong> que o paradigma<br />
tradicional está <strong>de</strong> alguma forma incompleto. A insuficiência <strong>do</strong> paradigma mecanicista para<br />
tratar os mais graves problemas <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>do</strong> planeta constitui um <strong>do</strong>s mais graves<br />
problemas que a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> enfrenta (MORIN, 2004).<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> conhecimento, com o aprofun<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> suas<br />
questões intrínsecas, possibilitou o reconhecimento <strong>da</strong>s limitações impostas por este mo<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> pensar. Este reconhecimento sobre as limitações promoveu a construção <strong>de</strong> uma nova<br />
visão sobre a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, basea<strong>da</strong> na inter-relação e inter<strong>de</strong>pendência essencial entre to<strong>do</strong>s