Estudo de Caso da Bacia Hidrografica do Rio Passauna - ppgerha ...
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De acor<strong>do</strong> com a característica <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s cita<strong>do</strong>s por <strong>Rio</strong> e Oliveira (1996), que<br />
entram em consonância com a fun<strong>da</strong>mentação <strong>da</strong> presente pesquisa, o conceito <strong>de</strong><br />
percepção utiliza<strong>do</strong> é o mais amplo possível, característica esta a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> por gran<strong>de</strong> parte<br />
<strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res ambientais. Fun<strong>da</strong>menta-se <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> escopo <strong>da</strong> cognição, com base na<br />
psicologia, que situa o processo mental a partir <strong>do</strong> interesse e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, na qual é<br />
estrutura<strong>da</strong> e organiza<strong>da</strong> a interface <strong>do</strong> ser humano com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e o mun<strong>do</strong>,<br />
selecionan<strong>do</strong> as informações percebi<strong>da</strong>s, armazenan<strong>do</strong> e conferin<strong>do</strong> significa<strong>do</strong> a estas<br />
informações.<br />
Portanto, o conhecimento é <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>da</strong> prática humana e a percepção <strong>do</strong> real é<br />
sempre intersubjetiva e histórica, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que não existe a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> racionali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
perceber esse real <strong>de</strong> forma absoluta. Daí a inegável importância, para o processo <strong>de</strong><br />
planejamento, <strong>da</strong> aplicação <strong>do</strong>s conceitos/instrumentos <strong>da</strong> fenomenologia nos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
impacto <strong>da</strong>s intervenções no espaço vivi<strong>do</strong> (SERPA, 2001).<br />
Como forma <strong>de</strong> possibilitar uma nova forma <strong>de</strong> encarar e valorizar o ambiente, no<br />
<strong>do</strong>mínio <strong>da</strong>s disciplinas volta<strong>da</strong>s prioritariamente para a compreensão <strong>da</strong>s questões<br />
ambientais, formou-se a geografia humanística, que inclui entre seus interesses o que se<br />
convencionou chamar <strong>de</strong> percepção ambiental, que vem abrin<strong>do</strong> caminhos no terreno<br />
interdisciplinar (AMORIM FILHO, 1999).<br />
Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> sessenta foram apresenta<strong>do</strong>s trabalhos precursores <strong>da</strong> percepção<br />
ambiental geográfica, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> citar os trabalhos <strong>de</strong> Lowenthal (1961), que propôs um<br />
instrumento <strong>de</strong> renovação na Geografia, com base na psicologia, história, e filosofia, que<br />
permitiram o intercâmbio com outras ciências (OLIVEIRA, 2001), e Kevin Lynch (1960) que se<br />
voltou para imagens <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e também abriu caminho para uma colaboração<br />
interdisciplinar nos estu<strong>do</strong>s sobre o ambiente urbano (AMORIM FILHO, 2001).<br />
Amorim Filho (2001) coloca que a geografia humanística nasci<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70<br />
incluiu os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> percepção ambiental pelo fato <strong>de</strong> preconizar e priorizar as percepções,<br />
representações, atitu<strong>de</strong>s e valores <strong>do</strong> homem em geral.<br />
O termo Geografia Humanista foi sugeri<strong>do</strong> por Tuan em 1972, e Relph em 1971<br />
sugeriria a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Geografia Fenomenológica, com base na Psicologia e