Estudo de Caso da Bacia Hidrografica do Rio Passauna - ppgerha ...
Estudo de Caso da Bacia Hidrografica do Rio Passauna - ppgerha ...
Estudo de Caso da Bacia Hidrografica do Rio Passauna - ppgerha ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
24<br />
representantes <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público e <strong>do</strong>s usuários, estabelecen<strong>do</strong> assim a<br />
negociação em torno <strong>da</strong>s múltiplas <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s por recursos hídricos (SALLES, 2001).<br />
De acor<strong>do</strong> com Saito (2001), os Comitês <strong>de</strong> <strong>Bacia</strong>s Hidrográficas têm como atribuição<br />
promover <strong>de</strong>bates, arbitrar em primeira instância os conflitos sobre o uso <strong>do</strong>s recursos<br />
hídricos, estabelecer mecanismos <strong>de</strong> cobrança pelo uso <strong>de</strong> recursos hídricos, além <strong>de</strong><br />
aprovar e acompanhar a execução <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Recursos Hídricos. Desta forma, é<br />
institucionaliza<strong>da</strong> a gestão participativa em um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>scentraliza<strong>do</strong> por bacia<br />
hidrográfica.<br />
A articulação <strong>do</strong>s atores sociais <strong>de</strong>ve buscar soluções que aten<strong>da</strong>m aos princípios <strong>da</strong><br />
Lei 9.433/97, com base na <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> gestão <strong>do</strong>s usos múltiplos <strong>da</strong> água, na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> igual<br />
acesso ao uso <strong>do</strong>s recursos por parte <strong>do</strong>s setores usuários, no reconhecimento <strong>do</strong> valor<br />
econômico <strong>da</strong> água, na compatibilização <strong>da</strong> gestão <strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong> e participativa entre o<br />
po<strong>de</strong>r público, os usuários e as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais, na articulação <strong>da</strong> gestão <strong>do</strong>s recursos<br />
hídricos com a gestão ambiental, na aplicação <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> outorga, entre outros<br />
(MAGALHÃES JÚNIOR, 2007).<br />
Aspecto importante coloca<strong>do</strong> por Friedman (1992) é a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> viabilizar a<br />
plena participação <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, e assim assegurar o fortalecimento<br />
político-organizacional <strong>da</strong> coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que as associações comunitárias e seus<br />
representantes tenham capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para participar <strong>do</strong>s <strong>de</strong>bates, avaliar e tomar <strong>de</strong>cisões.<br />
3.5. Percepção Ambiental<br />
De acor<strong>do</strong> com <strong>Rio</strong> e Oliveira (1996), as teorias nas quais a percepção ambiental se<br />
fun<strong>da</strong>menta divi<strong>de</strong>m-se em estruturalista e fenomenológica. A corrente estruturalista,<br />
compreen<strong>de</strong> que a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> é forma<strong>da</strong> por um conjunto <strong>de</strong> sistemas com estruturas<br />
reconhecíveis, em que é possível estabelecer relações <strong>de</strong> causa-efeito. Por outro la<strong>do</strong>, a<br />
corrente fenomenológica compreen<strong>de</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> como um conjunto complexo <strong>de</strong><br />
fenômenos, que admite correlações, porém que são incomensuráveis, não sen<strong>do</strong> possível<br />
estabelecer relações <strong>de</strong> causa-efeito e ser compreendi<strong>do</strong> em sua plenitu<strong>de</strong>. O arcabouço<br />
científico no qual a presente pesquisa fun<strong>da</strong>menta-se é na corrente fenomenológica.