Quem vai cuidar do planeta? - Senac

Foto: Digital Vision
Senac Ambiental: A Rio-92 é um
marco da chegada da internet ao
Brasil. Nesse período de apenas 20
anos, nos transformamos em uma
sociedade conectada, fortemente
engajada em redes sociais, com movimentos
e campanhas que se organizam,
se disseminam virtualmente
e alcançam enorme visibilidade. De
que forma essa mudança pode se
refletir nos compromissos assumidos
na Rio+20?
Sérgio Besserman: Neste século
21, muito por conta das mudanças
climáticas, estamos frente a um
fenômeno histórico muito novo: o
surgimento de uma opinião pública
mundial, uma sociedade global.
Continua fundamental o Estado-nação,
continuam fundamentais as cidades,
mas passamos a ter consciência
de que há um processo global.
E estamos conectados. Na Rio-92, a
única forma de fazer pressão era vir
ao Rio de Janeiro. Agora estamos
todos conectados. Podemos acompanhar
a Rio+20, pressionar os
nossos representantes, criar formas
de manifestação e expressão das
nossas opiniões. E isso fará toda a
diferença na Rio+20 e no processo
histórico dos próximos anos.
Há algo acontecendo no planeta, na
Praça Tahir, na Primavera Árabe, em
Madri, na Europa, nos Estados Unidos,
no Brasil. Mas quem disser que
sabe o que é está mentindo. Estamos
no olho do furacão da história,
e essa conexão global– o fato de que
pelas redes sociais podemos, como
nunca, trocar informações, ideias e
nos articularmos – é uma das fontes
de otimismo para essas grandes mudanças
que precisarão ocorrer.
Senac Ambiental: Do ponto de
vista das cidades, e em particular
do Rio de Janeiro, que sedia o evento,
que propostas estão sendo articuladas
para a conferência?
Lixões: degradação
ambiental e
miséria
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SENAC AMBIENTAL