Quem vai cuidar do planeta? - Senac

asileiro e o crescimento urbano
acenderam sinais de alerta em relação
aos danos ao meio ambiente. Em
São Paulo, o Corpo de Policiamento
dos Recursos Naturais foi transformado
em 1975 no 1° Batalhão de
Polícia Florestal e de Mananciais,
formado por cinco companhias operacionais
e uma de apoio, instaladas
na capital e nas cidades de Campinas,
Taubaté, Sorocaba e Araras. Um
ano depois, o batalhão foi dividido
em dois – o segundo, aberto na cidade
de Birigui.
Em 1986, a atuação ambiental da PM
paulista saiu fortalecida com a criação
da Secretaria do Meio Ambiente
do Estado. A Polícia Florestal teve
ampliadas suas atribuições legais e
assumiu de vez o policiamento preventivo
e repressivo, em convênios
com a secretaria, o Instituto Brasileiro
de Desenvolvimento Florestal
(antecessor do Ibama) e a Superintendência
de Desenvolvimento de
Pesca. Em 1987, a PM subordinou
os dois batalhões ao recém-criado
Comando de Policiamento Florestal
e de Mananciais.
A centralização do comando foi
acompanhada pela formação de
mais um batalhão ambiental, instalado
em 1989 no município litorâneo
de Guarujá, com atuação em todo o
litoral paulista. Passados dois anos,
foi criado o quarto batalhão, em
São José do Rio Preto. A expansão
do poder de fogo iniciada na década
de 1980 deu à PM ambiental de São
Paulo sua fisionomia atual. Saindo
do reduzido número de homens que
atuavam nos anos 1940, a força ambiental
da PM chegou a 2,3 mil homens,
atuantes em todas as regiões
do estado.
Pressões sobre os recursos naturais
não faltam em São Paulo, mais
populoso dos estados brasileiros,
com 41,3 milhões de habitantes, e
líder nacional na indústria e na fabricação
de etanol. Desmatamentos
e incêndios florestais são ameaças
foto: Comando de Policiamento Ambiental
constantes, bem como a caça e pesca
predatórias e o tráfico de animais
silvestres, incluídos os destinados
à exportação via portos e aeroportos.
Outros problemas são a retirada
ilegal de areia e o garimpo irregular
em rios como o Grande, na divisa
com Minas. Em 2011, a PM Ambiental
atuou em 120,5 mil ocorrências,
lavrou 14,6 mil autos de infração,
resgatou 27,6 mil animais silvestres e
apreendeu mil armas de fogo.
Os integrantes da PM Ambiental
paulista têm treinamento continuado,
em linha com as instruções do
comando geral da corporação. E durante
uma semana por ano, a exemplo
dos outros policiais, participam
de estágio de atualização em procedimentos
operacionais, normas e
legislação, além de desenvolverem
ações de condicionamento físico e
tiro defensivo. Para ingressar nas fileiras
da Polícia Militar Ambiental, o
policial precisa manifestar interesse.
“Deve apresentar um perfil de comprometimento,
entusiasmo e satisfação
de vir a servir na causa ambiental”,
diz o porta-voz da PM Ambiental
de São Paulo, capitão Marcelo Robis
Francisco Nassaro.
Embarcação da
PM Ambiental
de São Paulo
JUNHO/DEZEMBRO 2012 25