Quem vai cuidar do planeta? - Senac
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Garimpeiros fi cam expostos<br />
a <strong>do</strong>enças como malária e<br />
leishmaniose<br />
Agente de<br />
saúde faz coleta de<br />
sangue<br />
em desenvolver novos medicamentos<br />
para combatê-la, em razão da<br />
sua prevalência em regiões muito<br />
pobres <strong>do</strong> <strong>planeta</strong>.<br />
Paisagem desola<strong>do</strong>ra<br />
O garimpo é a maneira mais bruta<br />
de mineração – a mais antiga e<br />
rudimentar. Estão localiza<strong>do</strong>s, em<br />
sua maioria, em locais longínquos e<br />
áreas remotas. Inúmeras vezes são<br />
ilegais. Poucos recebem apoio <strong>do</strong><br />
governo ou de empresas sólidas.<br />
A atividade de garimpo pode ser<br />
desenvolvida a céu aberto, nos aluviões<br />
ou nas pedras mineralizadas<br />
à flor da terra, ou ainda em galerias<br />
escavadas na rocha, muitos metros<br />
abaixo da superfície. É um trabalho<br />
duro, feito de forma precária e geralmente<br />
perigoso e arrisca<strong>do</strong>. Além<br />
disso, via de regra, é altamente nocivo<br />
ao meio ambiente.<br />
foto: Ricar<strong>do</strong> Funari/Brazil Photos<br />
foto: Ricar<strong>do</strong> Funari/Brazil Photos<br />
Muitos garimpos ainda são explora<strong>do</strong>s<br />
manualmente, mas grande parte<br />
deles começa a ser semimecaniza<strong>do</strong>.<br />
São garimpos de ouro, diamantes,<br />
cassiterita, tantlita-columbita,<br />
quartzo e ametista, só para citar os<br />
minérios mais conheci<strong>do</strong>s.<br />
Nas atividades desenvolvidas a<br />
céu aberto nos aluviões, grandes<br />
escavadeiras cavam enormes buracos<br />
na mata, maiores que piscinas<br />
olímpicas (às vezes, muito maiores),<br />
até o nível onde está o ouro, que<br />
pode ultrapassar os dez metros<br />
de profundidade. Depois de explorada,<br />
a cava pode ser preenchida<br />
novamente com areia, água ou<br />
simplesmente aban<strong>do</strong>nada. O processo<br />
se repete inúmeras vezes em<br />
áreas extensas. Após algum tempo,<br />
a paisagem é desola<strong>do</strong>ra: um deserto<br />
de areia branquíssima e lagos<br />
de água podre em meio à maior floresta<br />
tropical <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />
Muitos garimpos estão ilegalmente<br />
dentro de áreas de proteção ambiental.<br />
Segun<strong>do</strong> levantamento <strong>do</strong><br />
geólogo Cássio Roberto da Silva,<br />
<strong>do</strong> Departamento de Gestão Territorial<br />
<strong>do</strong> Serviço Geológico <strong>do</strong><br />
Brasil (SGB), em 2007 foram identifica<strong>do</strong>s<br />
207 garimpos em áreas indígenas,<br />
56 em parques nacionais<br />
e 292 em áreas de proteção permanente,<br />
além de 32 em diferentes<br />
tipos de reservas. Foram registradas<br />
1.906 ocorrências minerais em<br />
áreas de preservação ambiental,<br />
sen<strong>do</strong> que 20% delas ainda estão<br />
intocadas. O Brasil, segun<strong>do</strong> o levantamento<br />
publica<strong>do</strong> pelo jornal<br />
Folha de São Paulo, ainda tem 587<br />
garimpos dentro de áreas de reservas<br />
ambientalistas.<br />
Os personagens <strong>do</strong> garimpo<br />
A febre pelo ouro é como uma<br />
droga: vicia e cria dependência.<br />
Assim como a malária, pode matar,<br />
mas, ao contrário dela, geralmente<br />
não tem cura. O garimpeiro<br />
pensa ser livre, mas na verdade<br />
foto: J. R. Ripper/Brazil Photos<br />
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SENAC AMBIENTAL