Quem vai cuidar do planeta? - Senac

Reforçando as boas práticas
Em síntese, a ISO 26000 visa estimular
as organizações a
incorporar considerações
socioambientais
em seus
processos decisórios
e responsabilizar-se
pelos
impactos de suas
decisões e atividades
na sociedade
e no meio ambiente. Na
visão dos seus idealizadores,
isso implica um comportamento
ético e transparente que contribua
para o desenvolvimento sustentável,
esteja em conformidade com
as leis aplicáveis e seja consistente
com as normas internacionais. Também
implica que a responsabilidade
social esteja integrada em toda a
organização, seja praticada em suas
relações e leve em conta os interesses
das partes interessadas.
Para Eduardo São Thiago, a ISO
26000 veio reforçar as boas iniciativas
sustentáveis já existentes. “O
grupo de trabalho ficou dois anos
analisando documentos como o
Pacto Global das Nações Unidas e
a estrutura de relatórios de sustentabilidade
GRI”, conta.
Juntamente com o Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor (Idec),
o Departamento Intersindical de
Estudos e Estatísticas Socioeconômicos
(Dieese), Furnas e outras organizações,
a Petrobras está trabalhando
na divulgação desse guia de
responsabilidade social no Brasil.
A empresa vem promovendo, junto
com a ABNT, seminários sobre
a ISO 26000 em todas as regiões
do país, com a distribuição gratuita
da norma. Entre as ações internas
da Petrobras para a implementação
das diretrizes da ISO, estão o curso
específico sobre a norma para
funcionários na Universidade Petrobras
e a capacitação em responsabilidade
social para fornecedores.
De fato, a empresa é uma das principais
incentivadoras da norma no
Brasil. Isso se explica até pelo seu
tamanho: são 210 mil pessoas
em todo o sistema Petrobras
e cerca de 8 mil fornecedores
– toda essa
força de trabalho se
adequando à ISO.
Objetivo não é
certificação
ou “selo”
Ana Paula Grether, coordenadora
do Relatório de Sustentabilidade da
Petrobras e representante da indústria
na delegação brasileira, explica
que não haverá nenhum tipo de
selo para atestar a norma, que não
foi elaborada com fi ns de certificação.
“Não tem auditoria obrigatória.
Entendeu-se que o assunto responsabilidade
social combinava com o
processo de conscientização e as
empresas recebem direcionamento
para fazer autodeclarações”, disse.
Trocando em miúdos, a norma não
contém requisitos – mas sim diretrizes
e princípios – e qualquer certificação
não estaria em conformidade
com o próprio guia, que não funciona
com um sistema de gestão, mas
Ana Paula Grether, da
Petrobras, durante o
evento na Fiesp
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