Quem vai cuidar do planeta? - Senac

Apreensão de toras
em Bom Jesus do
Araguaia (MT)
Os recursos do BPMA estão à altura
de suas missões aquáticas. Além
de armas e apetrechos comuns às
unidades ambientais das PMs, como
gaiolas, cordas e puçás, a companhia
dispõe de seis jet-skis, seis botes
infláveis e uma embarcação com
cabine. Os veículos ajudam a fazer a
força da Companhia de Policiamento
Fluvial – uma das três do batalhão –,
que faz o patrulhamento lacustre no
Paranoá e nos rios da região.
Outra formação especializada é
oferecida no Curso de Operações
no Cerrado, que habilita o policial
a desempenhar ações de policiamento
nos ecossistemas do bioma,
típico dessa região do Centro-Oeste.
O curso é feito pelo Grupo de Operações
do Cerrado (GOC), integrado
por 24 policiais com especialização
avançada, e abrange temas como
ecologia do bioma, técnicas operacionais,
operações aéreas e aquáticas,
técnicas verticais, cartografia,
armamento e sobrevivência na mata.
Em São Paulo, a PM também treina
policiais de outros estados, atraídos
pela tradição e pela eficácia de sua
força devotada ao meio ambiente.
foto: Divulgação
O subcomandante do BPMA, major
André Caldas, observa que o intercâmbio
das PMs do país na área
ambiental poderia ser muito maior.
“Deveria haver maior interação.
Esse intercâmbio aumentaria muito
o aprendizado e o conhecimento.
Nosso batalhão está sempre interagindo,
levando em conta que a
questão ambiental deve ser tratada
em conjunto com os policiais militares
ambientais de outros estados, já
que o meio ambiente é um bem de
todos”, afirma o major.
Pioneirismo paulista
A Polícia Ambiental de São Paulo é
a mais antiga do Brasil. Sua criação,
em 1943, atendeu a diretrizes baixadas
pelo presidente Getúlio Vargas
em 1934, no decreto que instituiu o
Código Florestal, com a recomendação
de que os estados defendessem
seus bens naturais. Vinculado inicialmente
à Procuradoria do Patrimônio,
o policiamento ambiental em terras
paulistas foi transferido ao Serviço
Florestal do Estado e, em 1949, à
Força Pública. Alçado à condição de
companhia, o grupo ganhou o nome
de Corpo de Policiamento Florestal
em 1956 e, 15 anos depois, a denominação
de Corpo de Policiamento
dos Recursos Naturais.
As limitações ao policiamento ambiental
não eram poucas nos primeiros
anos. A Polícia Florestal trabalhava
em conjunto com a Secretaria
de Agricultura e Abastecimento, mas
frequentemente tinha objetivos conflitantes
com a pasta agrícola. Enquanto
os policiais estavam empenhados
em preservar matas nativas
e reprimir ações de desmatamento,
a Secretaria incentivava ações que
implicavam a derrubada de florestas
para a implantação de empreendimentos
agropecuários.
A situação do policiamento ambiental
só começou a mudar na década
de 1970. A onda desenvolvimentista
que ficaria conhecida como milagre
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