Marlene Dumas - Fonoteca Municipal de Lisboa
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Concertos<br />
Vijay Iyer, um pianista jazz capaz<br />
<strong>de</strong> enveredar por múltiplos rumos,<br />
<strong>de</strong> M.I.A. aos clássicos<br />
Jazz<br />
Parque &<br />
Jazz<br />
O jazz regressa ao campo<br />
<strong>de</strong> ténis <strong>de</strong> Serralves. Nuno<br />
Catarino<br />
Jazz No Parque 2010<br />
Vijay Iyer Trio / Bernardo Sassetti<br />
Trio & Perico Sambeat / Contact<br />
Porto. Parque <strong>de</strong> Serralves. R. Serralves, 997. Tel:<br />
226156500. Sáb., 10, às 18h. De 10/07 a 24/07.<br />
Bilhetes entre €5 e €10.<br />
O palco é original, já bem conhecido<br />
para os fregueses do costume: o<br />
campo <strong>de</strong> ténis do Parque <strong>de</strong><br />
Serralves. Mais um ano, mais uma<br />
edição do Jazz No Parque, o festival<br />
<strong>de</strong> jazz <strong>de</strong> Serralves, três concertos<br />
em três sábados consecutivos: 10, 17<br />
e 24 <strong>de</strong> Julho, sempre às 18h. A<br />
programação <strong>de</strong>ste ano volta a ser<br />
da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> António<br />
Curvelo e serão apresentadas três<br />
propostas do melhor jazz que se vai<br />
fazendo por aí.<br />
No primeiro dia do festival, 10 <strong>de</strong><br />
Julho, actua o trio do pianista Vijay<br />
Iyer, que recentemente editou<br />
“Historicity”. Este disco, que foi<br />
reconhecido como um dos melhores<br />
do ano transacto, mostra um<br />
pianista em excelente forma a<br />
enveredar por múltiplos rumos e<br />
capaz <strong>de</strong> absorver a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>:<br />
veja-se esse exemplo supremo que é<br />
a versão <strong>de</strong> “Galang” <strong>de</strong> M.I.A., a<br />
conviver bem ao lado <strong>de</strong><br />
reinterpretações<br />
<strong>de</strong> clássicos<br />
como Andrew Hill (“Smoke<br />
Stack”) ou Julius<br />
Hemphill<br />
(“Dogon A.D.”).<br />
No dia 17 actua o trio <strong>de</strong><br />
Bernardo Sassetti, com um<br />
convidado especial, o<br />
espanhol Perico Sambeat.<br />
Sassetti acaba <strong>de</strong> editar o disco<br />
“Motion”, mais uma vez muito<br />
bem acompanhado pelo<br />
contrabaixista Carlos<br />
Barretto e<br />
pelo baterista<br />
Alexandre Frazão,<br />
que já se afirmou<br />
como um dos<br />
gran<strong>de</strong>s<br />
marcos<br />
discográficos<br />
do ano. Além<br />
do convidado<br />
saxofonista, este<br />
concerto vai ser<br />
marcado pela<br />
estreia <strong>de</strong> novas<br />
composições do<br />
pianista. O Jazz no<br />
Parque<br />
encerra com<br />
a actuação, no dia 24<br />
<strong>de</strong> Julho, do grupo<br />
Contact, que reúne um<br />
quinteto <strong>de</strong> intérpretes<br />
<strong>de</strong> primeira linha: Dave<br />
Omar Souleyman<br />
Liebman (saxofone), John<br />
Abercrombie (guitarra), Marc<br />
Copeland (piano), Drew Gress<br />
(contrabaixo) e Billy Hart (bateria).<br />
Com músicos brilhantes como estes,<br />
será difícil conter as expectativas.<br />
Pop<br />
Omar para dançar<br />
Omar Souleyman<br />
Porto. Casa da Música. Pç. Mouzinho <strong>de</strong><br />
Albuquerque. Tel.: 220120220. 3ª, 13, às 22h. 10€.<br />
<strong>Lisboa</strong>. Lux Frágil. Av. Infante D. Henrique -<br />
Armazém A (Cais da Pedra a Santa Apolónia). 5ª,<br />
15, às 23h. Tel.: 218820890. 10€.<br />
Há cerca <strong>de</strong> um ano, o sírio Omar<br />
Souleyman e o seu colectivo <strong>de</strong><br />
músicos converteram o Anfiteatro<br />
da Gulbenkian, em <strong>Lisboa</strong>, numa<br />
invulgar pista <strong>de</strong> dança, através <strong>de</strong><br />
uma música física e sintética. Não<br />
custa acreditar que po<strong>de</strong>rá<br />
acontecer o mesmo na Casa da<br />
Música (com os Coup <strong>de</strong>Bam) e no<br />
Lux. Autêntica lenda pop na Síria, a<br />
música <strong>de</strong> Souleyman só agora tem<br />
sido dada a conhecer no oci<strong>de</strong>nte. A<br />
sua sonorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> combina<br />
influências turcas, curdas e<br />
árabes, dissolvidas numa<br />
abordagem electrónica ectrónica<br />
repleta <strong>de</strong> cordas e<br />
percussão. É uma<br />
sonorida<strong>de</strong> no fio da<br />
navalha do cor-<strong>de</strong>-rosa<br />
para ouvidos<br />
oci<strong>de</strong>ntais, mas é<br />
precisamente o<br />
à-vonta<strong>de</strong> dos<br />
músicos, e a<br />
dinâmica <strong>de</strong><br />
festa que é<br />
imposta, que<br />
acabam por<br />
conquistar.<br />
Pertencente aos<br />
quadros da<br />
Sublime<br />
Frequencies,<br />
editora americana especialista em<br />
lançar músicos <strong>de</strong>sconhecidos do<br />
continente africano e asiático,<br />
Souleyman lançou este ano o álbum<br />
“Jazeera Nights: folk and pop sounds<br />
of Syria”, compilação <strong>de</strong> temas<br />
anteriormente apenas disponível em<br />
cassete. Não <strong>de</strong>ve ter sido fácil<br />
compilar uma dúzia <strong>de</strong> canções<br />
provenientes <strong>de</strong>ssas cassetes — é que<br />
nos últimos anos, lançou cerca <strong>de</strong><br />
500, apenas na Síria. Vítor<br />
Belanciano<br />
Os imperdíveis<br />
Strange Boys<br />
The Strange Boys<br />
<strong>Lisboa</strong>. MusicBox. R. Nova do Carvalho, 24 - Cais do<br />
Sodré. 4ª, 14, às 22h30. Tel.: 213430107. 8€.<br />
Os Strange Boys são das bandas mais<br />
entusiasmantes que o rock’n’roll nos<br />
ofereceu nos últimos anos e isso é<br />
óbvio para quem lhes conhece “The<br />
Strange Boys And Girls Club” e “Be<br />
Brave”, os dois álbuns que<br />
compõem a sua discografia. Isso é<br />
ainda mais óbvio para quem já os viu<br />
em concerto. Sobem a palco para ser<br />
sonho Dylanesco alimentado a<br />
hormonas <strong>de</strong> adolescente, para ser<br />
elo mo<strong>de</strong>rno<br />
numa<br />
ca<strong>de</strong>ia<br />
muito<br />
antiga (e<br />
sai uma<br />
versão <strong>de</strong><br />
The Strange Boys: canções urgentes e imediatas no MusicBox<br />
Cree<strong>de</strong>nce<br />
Clearwater<br />
Revival).<br />
Eles que<br />
Morcheeba<br />
veremos no<br />
Musicbox, em<br />
<strong>Lisboa</strong>, na<br />
próxima quartafeira<br />
(o ano<br />
passado<br />
passaram pelo<br />
Lounge e pelo<br />
festival Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Coura), recuam<br />
às raízes sem pulsões puristas: it<br />
interessa-lhes aquele momento em<br />
que uma canção se reduz à sua<br />
forma mais urgente e imediata, sem<br />
filtro, e captam nesse movimento<br />
uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> presente, <strong>de</strong> agora, que<br />
reconhecemos nos melhores. E os<br />
Strange Boys <strong>de</strong> Ryan Sambol, o<br />
vocalista/guitarrista <strong>de</strong> voz<br />
estri<strong>de</strong>nte, imediatamente<br />
reconhecível, são claramente uns<br />
dos melhores.<br />
Filtraram toda a história <strong>de</strong><br />
garage-rock, perceberam ao ver os<br />
Black Lips em concerto a força<br />
incorruptível do rock’n’roll e,<br />
quando lhe <strong>de</strong>ram voz própria, a<br />
pessoalíssima voz <strong>de</strong> Ryan Sambol,<br />
cantautor <strong>de</strong>salinhado em banda<br />
eléctrica, tornaram-se vitais. O<br />
concerto é, obviamente, imperdível.<br />
Mário Lopes<br />
Os consagrados e a<br />
nostalgia do Festival<br />
Marés Vivas<br />
Festival Marés Vivas 2010<br />
Vila Nova <strong>de</strong> Gaia. No recinto junto à foz do Rio<br />
Douro (Cabe<strong>de</strong>lo). 5ª, 15, às 18h00 (portas). 25€<br />
(dia). Passe Festival: 45€. Informações: 223703735<br />
(Posto Turismo Gaia).<br />
Palco TMN: GNR, Goldfrapp,<br />
Morcheeba, Edward Maya. Palco<br />
Moche: Dr1ve, Lobo.<br />
A partir da próxima quinta-feira<br />
haverá Marés Vivas no Cabe<strong>de</strong>lo, em<br />
Gaia. Marés Vivas, o festival,<br />
entenda-se. Chega este ano à oitava<br />
edição e mantém-se fiel ao espírito<br />
que o vem<br />
caracterizando.<br />
Ou seja, aposta<br />
38 • Sexta-feira 9 Julho 2010 • Ípsilon