Marlene Dumas - Fonoteca Municipal de Lisboa

Concertos
Ben Harper e os seus Relentless 7 vão estar no Festival Marés Vivas
deles, o Marés Vivas conta no
palco principal com concertos de
Edward Maya (dia 15), A Silent Film
(dia 16) e Nikolaj Grandjean (dia 17).
O palco secundário, cem por cento
português, recebe Dr1ve e Lobo (dia
15), Azeitonas, André Indiana e
Mónica Ferraz (dia 16), e João Só E
Os Abandonados e Caim (dia 17).
M.L.
Clássica
Viagem
musical à
volta do
globo
O conjunto de violas da
gamba Fretwork apresenta
em Espinho o projecto
“The World Encompassed”,
recriação musical da
viagem de Francis Drake
entre 1577 e 1580. Cristina
Fernandes
musicais e experimentar novos
repertórios. Desde as mais antigas
obras instrumentais impressas em
Veneza em 1501 à música
contemporânea, passando pelos
compositores ingleses dos séculos
XVI e XVII (Byrd, Gibbons, Lawes,
Purcell, Locke, Dowland), por J. S.
Bach ou pelas sonoridades da
música “klezmer”, o grupo tem
explorado em concerto e em disco
uma vasta gama de estilos e épocas.
Tem assumido também um
importante papel no incentivo à
criação de novas peças através de
encomendas a compositores tão
importantes como George
Benjamin, Michael Nyman, John
Tavener, Gavin Bryars, Elvis
Costello, Alexander Goehr, Tan
Dun, Barry Guy, Thea Musgrave ou
Simon Bainbridge.
Na sua estreia no Festival
Internacional de Música de Espinho
(dia 12, às 22h), o grupo irá
apresentar precisamente um dos
seus últimos projectos criativos,
desenvolvido em parceria com o
compositor Orlando Gough (n.
1953). Sob o título “The World
Encompassed”, será realizado um
percurso musical alusivo às viagens
marítimas de Francis Drake entre
1577 e 1580. Sabe-se que o corsário e
explorador inglês foi acompanhado
durante a sua épica jornada por
quatro intérpretes de viola da
gamba, que tocavam nos momentos
de culto religioso, serviam de
acompanhamento a hinos
e canções e o entretinham
durante as refeições, para
além de terem servido para
impressionar os nativos da Ámerica
do Sul e de Java. A obra de
Orlando Gough, compositor
que se tem dedicado sobretudo a
escrever para espectáculos de
dança e teatro, combina trechos
musicais originais do século XVI (de
John Taverner, Robert Parsons ou
Alonso Mudarra) com peças
novas e com a recriação dos
exóticos ambientes desta viagem à
volta do mundo. Este programa já
foi apresentado em vários países,
incluindo numa digressão
de dez concertos à América do
Norte.
Éric Le Sage e os
segredos da música
de Schumann
Éric Le Sage
Póvoa de Varzim. Auditório Municipal. R. D. Maria
I, 56. 3ª, 13, às 21h45. Tel.: 252614145. 6€ (sujeito a
desconto). Passe Festival: 35€.
32º Festival Internacional de Música da
Póvoa de Varzim. Obras de Schumann.
Para Éric Le Sage, a música de Robert
Schumann parece não ter segredos.
Pode mesmo dizer-se que se trata do
pianista do momento no que diz
respeito à interpretação do extenso
repertório deste compositor
romântico nascido há 200 anos.
Vencedor dos concursos
internacionais de piano do Porto
(1985) e Robert Schumann de Zwickau
(1989), o pianista francês encontra-se
desde 2006 a realizar a gravação
integral da produção para piano de
Schumann na etiqueta Alpha, tendo
obtido por esse trabalho alguns
importantes prémios da crítica
discográfica internacional. A sua
presença no Festival Internacional de
Música da Póvoa de Varzim com um
recital destinado a assinalar o
bicentenário de Schumann era, pois,
uma escolha óbvia e pertinente. No dia
13, Éric Le Sage tocará no Auditório
Municipal as “Blumenstück” op. 19, os
três Romances op. 28, a “Humoresque”
op. 20 e os Estudos Sinfónicos op. 13.
A sensibilidade, a subtileza de
fraseados, o lirismo poético e a
capacidade de variar o colorido da
sonoridade fazem de Le Sage um
intérprete de eleição do universo
schumaniano. Apesar de o seu
repertório ser bastante mais extenso,
nos últimos tempos tem sido
sobretudo um embaixador do
compositor alemão no mundo
através de concertos em numerosos
países. Éric Le Sage tem tocado nos
mais importantes festivais e salas de
concertos internacionais e já foi
dirigido por maestros tão ilustres
como Armin Jordan, Louis Langrée,
Michel Plasson ou Sir Simon Rattle.
Além da etiqueta Alpha, já gravou
para a RCA-BMG, a Naïve e a EMI,
destacando-se os seus registos da
música de Francis Poulenc. C.F.
Ensemble Fretwork
Espinho. Auditório. Rua 34, 884. 2ª, 12, às 22h00.
Tel.: 227340469. 7€ (sujeito a desconto).
36.º Festival Internacional de
Música de Espinho.
O agrupamento britânico Fretwork
não é apenas mais um “consort” de
violas da gamba especializado em
música do Renascimento e do
Barroco. É um projecto artístico
abrangente que ao longo das duas
últimas décadas tem procurado
quebrar barreirras entre géneros
Os britânicos Fretwork têm procurado quebrar
barreiras entre géneros musicais
Éric Le Sage interpreta Schumann na Póvoa de Varzim
40 • Sexta-feira 9 Julho 2010 • Ípsilon