18 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>96</strong> | Fev | 2010 |EmpilhadeirasPeças: competitivi<strong>da</strong>deaumenta com importadosApós um ano de crise, representantes do setor acreditam em um 2010 de crescimento, principalmentepela necessi<strong>da</strong>de de manutenção nas empilhadeiras, que ficou em segundo plano durante 2009.E ain<strong>da</strong> entram as peças importa<strong>da</strong>s.Para alguns, um período dedesaquecimento <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s,principalmente no primeirosemestre – com que<strong>da</strong> de até40% no faturamento –, e umarecuperação no segundosemestre.Para outros, um ano bom,impulsionado, principalmente,pelo setor de manutenção – jáque, com a para<strong>da</strong> geral deven<strong>da</strong>s, os clientes passaram areformar produtos – , e também,segundo outros, a área de peçasde reposição responde maissuavemente às intempéries domercado. Até significativo incrementonas ven<strong>da</strong>s houve, já que,como citado anteriormente, equipamentosdesativados na “crise”foram reativados ou reformadospara atender à deman<strong>da</strong>, aumentandoa aplicação de peças paramanutenções preventivas ecorretivas – sem contar aquelasempresas que mantiveram asmetas naquele ano difícil.Assim, de modo sucinto, éapresentado um balanço do anode 2009 no setor de peças paraempilhadeiras.Bons ventosMas, quais as expectativaspara este ano que se inicia?De uma forma geral, são decrescimento com relação a 2009e com números um pouco superioresa 2008 – fala-se emcrescimento de até 20%, já quemuitos investimentos ficaramrepresados ao longo de 2009, ecertamente com a confiança namanutenção <strong>da</strong> recuperaçãoeconômica, teremos um 2010com boas perspectivas. Tambémhá a facili<strong>da</strong>de de crédito.“O crescimento só não serámais expressivo porque existeuma oferta enorme de peçasimporta<strong>da</strong>s <strong>da</strong> China, o que poderáafetar o mercado interno”,adverte Antonio Barbosa, diretorde pós-ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Brasif ExportaçãoImportação (Fone: 0800970. 7700).Em importação também falaMagnólia Rocha, gerente comercial<strong>da</strong> Central Distribuidora dePeças para Empilhadeiras (Fone:13 2105.8888). Segundo ela, em2010 as empilhadeiras asiáticasse firmarão definitivamente nomercado. “O setor de peçasdeverá ter em estoques as peçasde reposição para as manutençõespreventivas e corretivasdessas máquinas. Com a redução<strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s de empilhadeirasnovas em 2009, esperamos umano aquecido para manutençõese reformas, o que consequentementeresultará em aumento deven<strong>da</strong> de peças. Nossa projeçãode crescimento para 2010 é de 8a 10%”, destaca a gerente.Também otimista, GeraldoGoldschmidt, gerente de pósven<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Dabo Material HandlingEquipment Brasil – Clark (Fone:19 3856.4407), diz que não existequalquer evidência que indiqueque este setor venha a ter maioresproblemas em 2010. De acordocom ele, a retoma<strong>da</strong> aos volumesdos anos anteriores é certa,acompanhando o aumentoprevisto nas ven<strong>da</strong>s de máquinasnovas, inclusive.Aliás, outro fator que deveimpulsionar a ven<strong>da</strong> de peças,segundo Ricardo Spa<strong>da</strong>cci,Goldschmidt, <strong>da</strong> Dabo/Clark:a retoma<strong>da</strong> aos volumesdos anos anteriores é certa,acompanhando o aumentonas ven<strong>da</strong>s de máquinasnovassupervisor de ven<strong>da</strong>s – peças <strong>da</strong>Linde Material Handling (Fone:11 3604.4776), é a quanti<strong>da</strong>de demáquinas que foram coloca<strong>da</strong>sno mercado nos últimos anos,pois a ven<strong>da</strong> de peças é diretamenteproporcional à quanti<strong>da</strong>dede máquinas coloca<strong>da</strong>s emoperação no mercado.A Retrak Empilhadeiras(Fone: 11 2431.6464), distribuidorade peças originais <strong>da</strong> Still,ultrapassou, em 2009, a meta deven<strong>da</strong>s estabeleci<strong>da</strong> pelafabricante, alcançando 104,6%em um mercado influenciadopela crise financeira de 2008.“Consideramos que este númeroé positivo e temos perspectivaspositivas para 2010 para o setorpeças, principalmente porque aven<strong>da</strong> de peças impulsiona aven<strong>da</strong> e a contratação deserviços e, desta maneira, émais uma ferramenta que aju<strong>da</strong>no avanço do setor de serviços”,analisa Fábio Pedrão, diretorexecutivo <strong>da</strong> empresa.Eduardo Shinji Matsubara,chefe de peças <strong>da</strong> ToyotaMaterial Handling Mercosur(Fone: 11 3511.0400), tambémestá otimista, baseado nosinvestimentos do setor públicoem infraestrutura. “Estamosbastante otimistas e esperamosum crescimento de 45% nasven<strong>da</strong>s de peças, comparadocom o ano de 2009”, festeja.Novas propostasde negóciosDiante de tanto otimismo,quais são as novas propostas denegócios a serem implanta<strong>da</strong>spela empresas que atuam compeças para empilhadeiras?Antes de apresentar quaissão as propostas <strong>da</strong> Brasif,Barbosa faz uma análise do setor.“Com a crise, a maioria dosclientes passou a buscar fontesalternativas de peças para reduzirseus custos de manutenção.Isso gerou, também, um passivo,pois ao buscar reduzir o custoimediato, ou seja, a compra maisbarata, essas empresaspassaram a criar ‘custos futuros’,pois foram utiliza<strong>da</strong>s peças debaixa quali<strong>da</strong>de. Isso abriráoportuni<strong>da</strong>des de recuperarestes clientes, propondo amu<strong>da</strong>nça do ‘custo imediato’, ouseja, <strong>da</strong> compra <strong>da</strong> peça maisbarata para o ‘custo hora’, queestá relacionado com a
| edição nº<strong>96</strong> | Fev | 2010 | <strong>Logweb</strong>19produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> máquina (maiortempo de produção, menortempo de manutenção, para<strong>da</strong>splaneja<strong>da</strong>s e menor consumo decombustível).”Neste cenário, ain<strong>da</strong>segundo o diretor de pós-ven<strong>da</strong>s,a principal proposta <strong>da</strong> Brasifsão os contratos de manutenção,que estão diretamente ligados àprodução <strong>da</strong> máquina e comobjetivo de reduzir todos oscustos operacionais.No caso <strong>da</strong> Byg Transequip(Fone: 11 3583.1312), segundoconta o gerente Flávio CardoneJunior, estão sendo homologadosmais distribuidoresautorizados pelo Brasil, além <strong>da</strong>abertura de mais uma filial.Quem também vai investirem distribuidores é a Still Brasil(Fone: 11 4066.8100), segundorevela Paolino De Montis,gerente de peças <strong>da</strong> empresa.De acordo ele, a Still temrealizado um trabalho frequentede capacitação e valorização desua rede de Serviços Autorizados– isso vem ocorrendo aolongo dos anos, e foi maiscontundente em 2009. Em 2010,vai ser manti<strong>da</strong> essa política.“São diversas as ações quejá estão sendo implementa<strong>da</strong>s, eque serão leva<strong>da</strong>s a efeitodurante o ano em conjunto coma rede de distribuidores, como,por exemplo, incentivos àreforma de máquinas, criação dekits de revisões preventivas acustos atrativos, etc.”, revelaGoldschmidt, <strong>da</strong> Dabo.Já a Central Distribuidoraplaneja importar peças para asmáquinas asiáticas e outrasorigens que foram vendi<strong>da</strong>s hámais de 18 meses – “o foco domercado, hoje, ain<strong>da</strong> está nasmarcas presentes no continenteamericano”, segundo MagnóliaRocha – e firmar novas parceriascom fabricantes internacionaise, também, com indústriasbrasileiras para representar seusprodutos no Brasil e nos EstadosUnidos.Também em importação falaGlauco André Santos, diretor <strong>da</strong>Gama Equipamentos (Fone: 48Matsubara, <strong>da</strong> Toyota:“estamos otimistas eesperamos um crescimentode 45% nas ven<strong>da</strong>s depeças, comparado com oano de 2009”3357.4040). A empresa vaireforçar seus processos deimportação, agregando novosprodutos, a fim de atender auma deman<strong>da</strong> crescente e ain<strong>da</strong>reprimi<strong>da</strong> no mercado nacional.Carlos Fernandes, diretorcomercial <strong>da</strong> Coparts Comercialde Peças e Serviços (Fone: 112633.4000), por seu lado, afirmaque estão investindo naampliação do estoque de peçasde reposição, bem como nadiversificação de itens de novasmarcas surgi<strong>da</strong>s nos últimosanos, de modo a ampliar o lequede clientes.Mais investimentos emestoque, para aumentar adisponibili<strong>da</strong>de de peças comentrega imediata, também éuma <strong>da</strong>s propostas do GrupoTradimaq (Fone: 31 2104.8080).As outras, segundo DanielMarques Brina, gerente depeças e suprimentos, é oaprimoramento dos processos deressuprimento dos estoques e oatendimento diferenciado aosclientes com visitas periódicas.Bento Gonçalves Neto, gerentecomercial <strong>da</strong> Retec Representações(Fone: 31 3372.5955),informa que a empresa promoverá,neste ano, um acréscimo namo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de negócios nosistema Full Service. Este prevêo fornecimento <strong>da</strong>s peças de