24 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>96</strong> | Fev | 2010 |feito”, ensina Fernandes.“Nós entendemos que osetor de serviços ganhou maiorimportância após a crisefinanceira, pois as empresasbuscam melhoria de eficiência eredução de custos. Em funçãodisso há uma grande oportuni<strong>da</strong>depara esse setor em 2010”,acredita Carlos Eduardo RossiKiss, <strong>da</strong> gerência de pós-ven<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Linde Material Handling(Fone: 11 3604.4755).Gonçalves Neto, <strong>da</strong> Retec,crê que a tendência está namaior atenção às manutençõespreventivas dos equipamentos.Desta forma, haverá o melhoraproveitamento dos equipamentos,além de evitar as para<strong>da</strong>spor quebras. “Teremos tambémuma tendência a reformas demáquinas, obtendo uma sobrevi<strong>da</strong><strong>da</strong>s empilhadeiras”, <strong>completa</strong>.Já Belchior, <strong>da</strong> Somov,informa que, na área de serviçosestá havendo uma tendênciaca<strong>da</strong> vez maior de o clienteutilizar serviço dos revendedores,a fim de manter o equipamentocom a máxima originali<strong>da</strong>de.De acordo com ele, muitosjá utilizam serviços full <strong>da</strong>reven<strong>da</strong>, não mais se preocupandoem ter em suas dependênciasto<strong>da</strong> uma estrutura direciona<strong>da</strong>à manutenção de equipamentos.“De fato, a tendência para osetor de manutenção de empilhadeirasé, ca<strong>da</strong> vez mais, a gestão<strong>da</strong> manutenção ficar a cargo deempresas especializa<strong>da</strong>s,garantindo tranquili<strong>da</strong>de para ocliente concentrar esforçosapenas em seu negócio. OutraCamargo, <strong>da</strong> Dabo/Clark:controle <strong>da</strong> frota atravésde softwares de gerenciamentotrouxe agili<strong>da</strong>de deinformações e reduçãodos custostendência é a otimização <strong>da</strong>gestão <strong>da</strong> manutenção, atravésdos softwares específicos, quegarantem o controle dosprocessos de assistência técnica<strong>da</strong>s empilhadeiras”, coloca, porsua vez, Breno Perry de Oliveira,chefe do departamento deassistência técnica do GrupoTradimaq (Fone: 31 2104.8050).2010Além destas tendências, oque se espera para 2010?Percival Margato Jr.,presidente <strong>da</strong> Abrange Logística(Fone: 19 2106.8100), diz que játem assegurado para a suaempresa em 2010 um crescimentode 15% em relação a 2009,mas com certeza este númeroserá superado. “Em função <strong>da</strong>seleições presidenciais e <strong>da</strong> Copado Mundo, como também deeventos futuros, como a Copa doMundo em 2014 e as Olimpía<strong>da</strong>sem 2016 no Brasil, to<strong>da</strong> a indústriade séricos no Brasil seráinfluencia<strong>da</strong> positivamente, eprincipalmente o setor logístico.Para fazer frente a este desafio,é primordial que as empresas seprepararem, investindo nacompetitivi<strong>da</strong>de de seusserviços”, diz Margato Jr.Também otimista, o gerentede suporte ao produto <strong>da</strong> Dabo/Clark afirma que, com aretoma<strong>da</strong> do crescimentoeconômico no último semestrede 2009, o ano de 2010 prevê umcrescimento na deman<strong>da</strong> deserviços e o aumento na geraçãode empregos com novos postosde trabalho. Com a que<strong>da</strong> <strong>da</strong>moe<strong>da</strong> norte-americana, novosinvestimentos se instalarão nopaís e o setor se beneficiará comas novas exigências do mercado,acredita. “Já na primeiraquinzena de janeiro últimofechamos diversos contratospendentes de 2009 e temos umaperspectiva de crescimento para2010 de pelo menos 20% sobre2008”, comemora Fernandes, <strong>da</strong>Coparts.Já que se falou em números,Kiss, <strong>da</strong> Linde, diz que esperamum crescimento mínimo 15% emserviços. “Nosso foco em 2010será o setor de pós-ven<strong>da</strong>s emgeral (peças e serviços). Fizemosinvestimentos significativos paraatendimentos de assistênciatécnica de campo e contratos demanutenção em geral, desdecontratos de preventivas a fullservices.” Aliás, este crescimentona ordem de 15%, “em funçãode que neste mercado a crisenão chegou a causar maiores<strong>da</strong>nos”, é o mesmo esperadopela Somov, conforme aponta ogerente geral comercial.Barbosa, <strong>da</strong> Brasif, lembraque, nos últimos anos, acrescente competitivi<strong>da</strong>de nosetor de maquinários temprovocado uma rápi<strong>da</strong> transformaçãona área de serviços.O mercado brasileiro ganhouuma diversi<strong>da</strong>de de modelossem precedentes na história.Além <strong>da</strong> crescente oferta deprodutos, a quali<strong>da</strong>de doatendimento também evoluiu,segundo ele. Hoje, para umserviço de quali<strong>da</strong>de não bastamais deslocar técnicos com aspeças, é necessário que oatendimento seja assertivo erápido. As empresas têm prazosca<strong>da</strong> vez menores para execuçãoe não podem ficar sujeitas aatrasos no cronograma ou aoutros prejuízos. Para 2010, elediz que a Brasif acredita queformação e treinamento <strong>da</strong>equipe técnica se tornarão osgrandes diferenciais no mercadode serviços, que terá um grandedesafio nos próximos anos comas inúmeras obras deinfraestrutura do país.“Este ano devemos voltaraos patamares de 2008 com umagravante: praticamenteninguém investiu em 2009, e oúltimo quadrimestre foi aquecidopara todos os setores <strong>da</strong>economia. Isso vai acabargerando compra nas indústriasque estão com parte de seusequipamentos obsoletos devidoa essa defasagem, sendo assim,passam a ser quase ‘obriga<strong>da</strong>s’a adquirir novos produtos/serviços para não comprometeremas suas metas e resultadosde 2010. Minha análise é: queminvestir em estoque de produtose em gestão de serviços colherágrandes frutos”, aponta CardoneJunior, <strong>da</strong> Byg Transequip.Em função <strong>da</strong>s boas ven<strong>da</strong>santeriores e de uma visão docliente, na qual equipamento embom estado rende melhor e émais seguro (o estado e aUma tendência é, ca<strong>da</strong> vezmais, a gestão <strong>da</strong> manutençãoficar a cargo deempresas especializa<strong>da</strong>s,garantindo tranquili<strong>da</strong>depara o clientesocie<strong>da</strong>de cobram mais estefator), a área de serviço tambémdeve crescer, na opinião deFernandes, <strong>da</strong> Movelev.Maria Teodoro, do departamentocomercial <strong>da</strong> Safe Elétrica(Fone: 11 4584.1171), concor<strong>da</strong>com o crescimento do mercadobaseado no crescimento noparque de empilhadeiras.E complementa: embora hajamuitas novas pequenasempresas surgindo no setor deprestação de serviços, omercado está buscando nãosomente a empresa que“conserte as suas empilhadeiras”,mas a empresa que “dêgarantia qualifica<strong>da</strong> nas empilhadeirasconserta<strong>da</strong>s” – o clientequer segurança na capacitaçãodo seu prestador de serviços,buscando, assim, empresasprestadoras de serviços jáenraiza<strong>da</strong>s, com históricopositivo de capacitação técnica.“Devido ao programa definanciamento que o governoaprovou no segundo semestre de2009 e mantido no início de2010, estimulando a compra deequipamentos novos, acreditamosque o mercado de serviçosem 2010 permanecerá nomesmo ritmo do segundosemestre de 2009. É possível atéque haja um ligeiro aumento”,<strong>completa</strong> De Montis, <strong>da</strong> Still.“Acreditamos que haja umaumento considerado, pois muitasempresas não realizaram manutençãoem 2009, e a tendênciaseria haver um acúmulo entre2009 e 2010”, finaliza estaquestão Luis Humberto Ribeiro,<strong>da</strong> Zeloso Indústria e Comércio(Fone: 11 3694.6000).
| edição nº<strong>96</strong> | Fev | 2010 | <strong>Logweb</strong>252009O ano de 2009 acabou, masé interessante saber como foipara o setor de serviços demanutenção e reforma deempilhadeiras, pois impactou noano de 2010, como pode serpercebido pelas respostas àquestão anterior.O ano de 2009 mostrou queo setor de serviços teve desempenhorelevante na geração denovos empregos, devido aoaumento de serviços em reformade equipamentos – em virtude<strong>da</strong> baixa aquisição de novosprodutos ocorri<strong>da</strong> no primeirosemestre de 2009. Ain<strong>da</strong> segundoa análise de Camargo, <strong>da</strong> Dabo/Clark, o setor de serviços garantiuque algumas áreas não fechassemseus balanços no vermelhopor consequência do desempenhopositivo na oferta deserviços diferenciados queatendessem a todos os níveis <strong>da</strong>cadeia produtiva.Margato Jr., <strong>da</strong> AbrangeLogística, destaca que o ano de2009 foi muito bom no setor deOliveira, <strong>da</strong> Tradimaq:softwares específicosgarantem o controle dosprocessos de assistênciatécnica <strong>da</strong>s empilhadeirasserviços, principalmente para asempresas que estão atuando nonordeste e no sudeste, assimcomo a Abrange. No casoespecífico <strong>da</strong> empresa, houve umcrescimento de receita de 37%em relação a 2008.“Mesmo num ano em que omundo se preparava para li<strong>da</strong>rcom as consequências negativas<strong>da</strong> crise mundial, o setor deserviços obteve um crescimentosignificativamente positivo.Como boa parte <strong>da</strong>s empresascortou os investimentos emnovas máquinas, parte dessesinvestimentos foram revertidospara reformas e revisões deequipamentos usados”, diz odiretor de pós-ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> BrasifExportação.O ano 2009, para a Safe, foibom no setor de serviços: aempresa teve um crescimento nademan<strong>da</strong> por contratos de assistênciatécnica, reformas ea<strong>da</strong>ptações especiais em equipamentos,informa Maria Teodoro.“Mantivemos as ven<strong>da</strong>s nomesmo patamar de 2008, ouseja, a crise não atingiu estesegmento, devido ao fato demuitas empresas optarem poraplicar reparos na frota, em vezde substituí-las, aguar<strong>da</strong>ndo umsinal de melhora dos indicadoresde mercado”, informa, por suavez, Belchior, <strong>da</strong> Somov.O gerente de peças <strong>da</strong> StillBrasil também fala <strong>da</strong>s oscilaçõesdo ano passado e lembraque as carteiras de contratosmantiveram-se praticamenteestáveis, mas que os serviçospor chama<strong>da</strong> (ou emergenciais)sofreram um grande aumento.Diferentemente pensaFernandes, <strong>da</strong> Coparts. De acordocom ele, o setor de serviços,como em todos os setores domundo, sofreu muito com a crisemundial, principalmente noprimeiro semestre, “quandotivemos uma que<strong>da</strong> de 40% emnosso faturamento, e voltamosaos níveis de 2008 somente nofinal do ano de 2009. Um anomuito difícil de passar e, sinceramente,queremos esquecerdepressa”.“O sentimento que tivemos nosetor de serviços em empilhadeirasfoi de desaceleração, e arazão principal disso foi a faltade investimentos <strong>da</strong>s empresasem função <strong>da</strong> crise do ano passado.Isso também afetou diretamentenegócios relacionados aserviços para nós, como Contratosde Manutenção, AssistênciaTécnica de Campo e Reformas deMáquinas”, diz Kiss, <strong>da</strong> Linde.“Tivemos uma que<strong>da</strong> proporcionalà ven<strong>da</strong>, como to<strong>da</strong> indústriaem geral”, finaliza Ribeiro, <strong>da</strong>Zeloso. ●