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ecologi ae conservação das comuni dades de i ... - ICB - UFMG

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Maiores riquezas, abundâncias e diversi<strong>da<strong>de</strong>s</strong> em cavernas com pastagens noentorno, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ver-se ao fato <strong>de</strong> o <strong>de</strong>smatamento reduzir drasticamente osmicrohabitats no sistema externo, forçando muitas espécies <strong>de</strong> mata a se abrigar nascavernas. Neste caso, organismos que necessitam <strong>de</strong> habitats sombreados e úmidos irãoa<strong>de</strong>ntrar nas cavernas, elevando a riqueza, abundância e diversida<strong>de</strong> da fauna hipógea.Ferreira (2004) observou uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> invertebradosombrófilos ocorrendo em cavi<strong>da<strong>de</strong>s</strong> artificiais com o entorno <strong>de</strong>smatado. Tal fato<strong>de</strong>monstra a importância <strong>de</strong>stes habitats para a manutenção <strong>de</strong> populações <strong>de</strong> taxa quenecessitam <strong>de</strong> sombreamento e umida<strong>de</strong> (e.g. Arane<strong>ae</strong>, Ensifera, Isopoda, Opilionida,Uropygi, etc). Tal associação se dá preferencialmente em áreas on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>smatamento domeio externo é mais marcante. Todavia, em locais on<strong>de</strong> a cobertura vegetal ainda estápreservada, tais grupos po<strong>de</strong>m ser ainda encontrados sob troncos caídos no solo edistribuídos pela serrapilheira (Ferreira 2004). A ocorrência <strong>de</strong> uma incomumpopulação <strong>de</strong> Lasiodora sp. (Arane<strong>ae</strong>, Teraphosid<strong>ae</strong>) na caverna João Matias, emAtáleia, MG, <strong>de</strong>ve-se provavelmente às influências da substituição da Mata Atlântica noentorno da caverna por capim colonião, o que alterou as condições climáticas e tróficasdo meio epígeo. Tais alterações po<strong>de</strong>m ter levado os indivíduos <strong>de</strong> Lasiodora sp. e<strong>de</strong>mais invertebrados <strong>de</strong> solo a se refugiarem nesta caverna em busca <strong>de</strong> microhabitasmais estáveis (Bernardi et al 2007).Os poucos estudos realizados em cavernas não carbonáticas concluem que as<strong>comuni</strong><strong>da<strong>de</strong>s</strong> são comparáveis às <strong>de</strong> cavernas calcárias situa<strong>das</strong> na mesma regiãogeográfica, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> rocha em que a caverna se forme (Trajano & Moreira1991 Dessen et al. 1980, Trajano 2000). Entretanto, neste estudo são apresenta<strong>das</strong>importantes informações sobre a <strong>ecologi</strong>a <strong>de</strong> invertebrados em cavernas com litologiasdistintas que invalidam estas conclusões. Os tipos <strong>de</strong> rocha on<strong>de</strong> as cavernas estão99

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